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OUTRO LADO
Operadora vai pedir ressarcimento
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Mara Silva Florentino, advogada da Soletur, informa que a empresa vai entrar na Justiça contra a
Atlântico Sul Viagens e Turismo
Ltda., proprietária do barco que
afundou, pleiteando o ressarcimento da condenação imposta
pelo STJ.
Além disso, vai esperar a publicação da decisão para ver se cabe
algum tipo de recurso, como embargos de declaração, em que se
pede esclarecimento sobre parte
ou partes do acórdão.
Florentino declara que, na época do acidente (1996), a Atlântico
era a única empresa que fazia as
travessias até Abrolhos. Atualmente, a Soletur não faz mais esse
passeio.
"Eles estavam legalmente estabelecidos. Tinham registro, alvará
de funcionamento, e todas as operadoras de turismo compravam
dela o passeio. Se a documentação
deles estava em ordem, nós não
podíamos adivinhar que operavam sem atender às normas de segurança. Se houve negligência, foi
do poder público", afirma.
Ela considera a condenação
muito alta e o entendimento do
STJ injusto. "A Soletur é intermediária, não pode ser responsabilizada. E quando cai um avião? A
responsabilidade é de quem vendeu a passagem?", questiona.
Ilya Hirsch, presidente da Associação Brasileira das Operadoras
de Turismo, diz que as operadoras não têm como controlar todos
os prestadores de serviços com os
quais trabalham. "É impossível.
Nós temos intermediários no
mundo todo. O Código de Defesa
do Consumidor é muito duro."
Para Hirsch, o caso da Soletur
foi uma fatalidade, e quem deveria ser punida seria a Atlântico
Sul. "A saída será fazer um seguro
que dê proteção às operadoras e
aos consumidores. Mas isso aumentará os preços."
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