São Paulo, segunda-feira, 11 de junho de 2007

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Organizadores do evento pedem apoio ao projeto que criminaliza a homofobia

DA REPORTAGEM LOCAL

A cerimônia oficial de abertura da Parada Gay foi marcada ontem por críticas à falta de uma legislação que iniba a violência contra os homossexuais.
"Mais uma vez a gente vai fazer um grande evento. Infelizmente, a nossa visibilidade ainda não foi suficiente para reverberar em ações de políticas públicas. Ainda somos tratados como cidadãos de segunda", disse Nelson Matias Pereira, presidente da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo.
"Estamos aqui para pedir apoio à lei importante que criminaliza a questão da homofobia", completou, dirigindo-se ao prefeito Gilberto Kassab (DEM-SP) e ao ministro dos Esportes, Orlando Silva.
O projeto é o 122/2003, que tramita no Congresso e torna crime, nos moldes do racismo, a homofobia. "Prefeito Kassab, nosso companheiro, queremos que o senhor peça aos senadores que votem favorável", reforçou Toni Reis, de Curitiba.
O prefeito, que vetou o projeto de lei 440/01 que criminaliza práticas homofóbicas no comércio por acreditar existir problemas na redação do texto, afirmou aos jornalistas que a maior prova do apoio do município à causa é o investimento de R$ 450 mil. "A parada merece", disse ele, que enviou à Câmara Municipal um projeto aperfeiçoado sobre o tema.
A ministra do Turismo, Marta Suplicy, que chegou logo após a abertura oficial, disse que falta "vontade política" dos parlamentares para aprovar leis que melhorem as condições dos gays. O chefe de gabinete da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Vinicius de Carvalho, disse que a União planeja organizar uma conferência de políticas públicas para GLTB.
(ROGÉRIO PAGNAN)


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