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Organizadores do evento pedem apoio ao projeto que criminaliza a homofobia
DA REPORTAGEM LOCAL
A cerimônia oficial de abertura da Parada Gay foi marcada
ontem por críticas à falta de
uma legislação que iniba a violência contra os homossexuais.
"Mais uma vez a gente vai fazer um grande evento. Infelizmente, a nossa visibilidade ainda não foi suficiente para reverberar em ações de políticas públicas. Ainda somos tratados
como cidadãos de segunda",
disse Nelson Matias Pereira,
presidente da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo.
"Estamos aqui para pedir
apoio à lei importante que criminaliza a questão da homofobia", completou, dirigindo-se
ao prefeito Gilberto Kassab
(DEM-SP) e ao ministro dos
Esportes, Orlando Silva.
O projeto é o 122/2003, que
tramita no Congresso e torna
crime, nos moldes do racismo,
a homofobia. "Prefeito Kassab,
nosso companheiro, queremos
que o senhor peça aos senadores que votem favorável", reforçou Toni Reis, de Curitiba.
O prefeito, que vetou o projeto de lei 440/01 que criminaliza
práticas homofóbicas no comércio por acreditar existir
problemas na redação do texto,
afirmou aos jornalistas que a
maior prova do apoio do município à causa é o investimento
de R$ 450 mil. "A parada merece", disse ele, que enviou à Câmara Municipal um projeto
aperfeiçoado sobre o tema.
A ministra do Turismo, Marta Suplicy, que chegou logo
após a abertura oficial, disse
que falta "vontade política" dos
parlamentares para aprovar
leis que melhorem as condições
dos gays. O chefe de gabinete da
Secretaria Especial de Direitos
Humanos, Vinicius de Carvalho, disse que a União planeja
organizar uma conferência de
políticas públicas para GLTB.
(ROGÉRIO PAGNAN)
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