São Paulo, quarta, 11 de junho de 1997.



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Laudo deve sair em até 2 meses

da Reportagem Local

O relatório final sobre as causas do acidente da TAM deve ser divulgado em um prazo de um mês e meio a dois meses a contar de agora. Essa é a previsão do coronel-aviador João Luiz de Castro Guimarães, oficial da Aeronáutica que preside a comissão encarregada das investigações.
Guimarães nega que a investigação esteja demorando demais para ser concluída.
"O acidente com o Boeing-747 da TWA, que explodiu no ar nos Estados Unidos, já completou um ano de investigação e não há, aparentemente, expectativa de um laudo final. É uma investigação técnica e complexa", diz o oficial.
Guimarães afirmou que os parentes das vítimas deveriam aguardar a conclusão do inquérito aberto pela Polícia Civil para investigar o acidente.
"O inquérito policial é que vai ter valor jurídico. Nossa investigação é técnica, não envolve aspectos jurídicos."
De acordo com o oficial, o relatório final agora depende do resultado de alguns testes em um sistema de cabos de segurança do Fokker-100 suspeito de ter se rompido e contribuído para o acidente.
Os testes com os cabos já foram feitos na Holanda, país sede da Fokker, fabricante do avião. Vão ser repetidos no Brasil.
"Todos os testes feitos no Brasil foram repetidos no exterior, porque essa é uma investigação internacional, que interessa a outros países onde se opera o mesmo tipo de aeronave."
Além de apontar as falhas ocorridas que contribuíram para o acidente, o relatório da comissão fará recomendações de modificações necessárias para incrementar a segurança de vôo.
Alterações
Algumas recomendações, mais urgentes, já foram feitas no decorrer das investigações, com o objetivo de evitar problemas nos mesmos equipamentos que apresentaram falha no Fokker-100 da TAM.
Entre essas recomendações estão, por exemplo, mudanças na checagem de equipamentos feita pela tripulação antes de cada decolagem. Foram acrescentados alguns itens cujo comportamento indicam falhas iguais às que derrubaram o avião em 31 de outubro.
Outras recomendações mudaram o próprio projeto da aeronave, mais especificamente o sistema que comanda o reverso, peça cujo funcionamento irregular contribuiu para a tragédia em São Paulo.



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