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Laudo deve sair em até 2 meses
da Reportagem Local
O relatório final sobre as causas
do acidente da TAM deve ser divulgado em um prazo de um mês e
meio a dois meses a contar de agora. Essa é a previsão do coronel-aviador João Luiz de Castro Guimarães, oficial da Aeronáutica que
preside a comissão encarregada
das investigações.
Guimarães nega que a investigação esteja demorando demais para
ser concluída.
"O acidente com o Boeing-747
da TWA, que explodiu no ar nos
Estados Unidos, já completou um
ano de investigação e não há, aparentemente, expectativa de um
laudo final. É uma investigação
técnica e complexa", diz o oficial.
Guimarães afirmou que os parentes das vítimas deveriam aguardar a conclusão do inquérito aberto pela Polícia Civil para investigar
o acidente.
"O inquérito policial é que vai
ter valor jurídico. Nossa investigação é técnica, não envolve aspectos
jurídicos."
De acordo com o oficial, o relatório final agora depende do resultado de alguns testes em um sistema
de cabos de segurança do Fokker-100 suspeito de ter se rompido
e contribuído para o acidente.
Os testes com os cabos já foram
feitos na Holanda, país sede da
Fokker, fabricante do avião. Vão
ser repetidos no Brasil.
"Todos os testes feitos no Brasil
foram repetidos no exterior, porque essa é uma investigação internacional, que interessa a outros
países onde se opera o mesmo tipo
de aeronave."
Além de apontar as falhas ocorridas que contribuíram para o acidente, o relatório da comissão fará
recomendações de modificações
necessárias para incrementar a segurança de vôo.
Alterações
Algumas recomendações, mais
urgentes, já foram feitas no decorrer das investigações, com o objetivo de evitar problemas nos mesmos equipamentos que apresentaram falha no Fokker-100 da TAM.
Entre essas recomendações estão, por exemplo, mudanças na
checagem de equipamentos feita
pela tripulação antes de cada decolagem. Foram acrescentados alguns itens cujo comportamento
indicam falhas iguais às que derrubaram o avião em 31 de outubro.
Outras recomendações mudaram o próprio projeto da aeronave, mais especificamente o sistema
que comanda o reverso, peça cujo
funcionamento irregular contribuiu para a tragédia em São Paulo.
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