São Paulo, quarta-feira, 11 de julho de 2007

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Passageiro levou 8 dias para embarcar

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os documentos da Anac encaminhados à CPI do Apagão Aéreo demonstram a agonia dos passageiros nos aeroportos em tempos de crise aérea.
Há relatos de situações em que escalas foram incluídas sem aviso prévio, de bagagens que chegaram ao destino sem o lacre e até com objetos em falta, além de ofertas pouco convencionais das companhias aéreas -como sugerir que o passageiro embarque para um país diferente daquele para o qual comprou passagem.
Entre os documentos da Anac, há queixas de cinco passageiros pelo cancelamento de um vôo da Gol.
A multa aplicada foi de R$ 1.000, apesar de a tabela indicar que, "para cada grupo de cinco reclamações, o valor deverá ser acrescido de R$ 1.400".
Aventura viveu um casal que sairia de Maceió num vôo direto ao Rio de Janeiro pela BRA.
A companhia, no entanto, decidiu passar por Salvador, Brasília, Goiás e São Paulo antes do destino final. Foi multada em R$ 2.500. O valor já foi depositado pela empresa.
A Varig também ofereceu para uma passageira que iria para Lisboa uma viagem à Alemanha, por falta de vôo para o destino previsto na passagem. A multa foi de R$ 1.000, valor também já pago.
A Aerossur deixou um passageiro esperando oito dias até que conseguisse embarcá-lo para Milão. Multa de R$ 3.400.
Uma passageira teve a bagagem extraviada num vôo da Varig e, quando a recuperou, não encontrou sua máquina fotográfica. A Anac aplicou multa de R$ 1.000. A Varig informou que a bagagem foi devolvida à passageira.
Há ainda um caso em que a Anac cancelou a multa que havia aplicado porque a Justiça já iria punir a companhia em R$ 95,5 mil.
Em geral, as companhias aéreas reconhecem os problemas ao responder sobre as queixas de passageiros à Anac.
Mas apresentam como justificativa que tentaram sanar os danos causados aos passageiros concedendo passagens aéreas, hospedagens em hotéis e vale-alimentação.
Mesmo que os passageiros tenham aceitado, a Anac tem multado as companhias quando entende que há quebra de contrato.
(ANDREZA MATAIS)


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