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"Acusação está sendo apurada", diz secretário
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário municipal de
Gestão, Januário Montone,
diz estar satisfeito com a
qualidade do modelo de terceirização da merenda escolar, mas que ainda não pode
dizer a mesma coisa em relação à maneira como os serviços são prestados.
"É muito cedo. Depende
do dia-a-dia. Uma coisa é um
modelo, a outra é quem está
me prestando um serviço."
Montone informou terem
sido formalizadas, durante
27 dias úteis, reclamações de
30 unidades escolares, de um
total de 849 a cargo das empresas recém-contratadas.
O secretário diz que a acusação do CAE sobre a existência de bônus por economia, pago às merendeiras,
"está sendo apurada" e "não
foi comprovada até agora".
Ele afirma que nutricionistas visitaram as unidades
-após a acusação do CAE ter
sido divulgada e registrada
por escrito nas escolas- e
não viram os problemas.
Declara que não houve reclamação das diretoras -que
devem verificar os trabalhos
das empresas e que podem
ser punidas se admitirem
que viram alguma falha sem
formalizar as reclamações.
O secretário disse que "não
existe empresa que não dê
prêmios por produtividade".
"Mas, se estiver sendo usado
para cercear os contratos, a
empresa vai ser punida."
Montone insinuou que um
integrante do CAE pode ser
influenciado por convicções
ideológicas. Ele se refere ao
presidente, José Ghiotto Neto, que é ligado à Aprofem
(associação dos professores).
"O conselho é mais do que
legítimo. Mas não posso deixar de ter em mente que ele é
de uma associação que é contra a merenda terceirizada.
Isso não implica que a acusação não seja real, que não tenha de ser apurada."
A gestão Kassab diz que a
maçã pode ser cortada pela
metade desde que a criança
receba as duas partes -ou,
no caso de escolas em que a
merenda é feita pelos servidores, a sobra é estocada.
Afirma que a inclusão de
água no molho de tomate reduz a acidez -embora não
possa ser algo em excesso.
Montone reconheceu que
a Nutriplus não poderia inserir legumes no cardápio de
frango mesmo que por solicitação das diretoras -é preciso ter aval das nutricionistas.
A Sistal, segundo ele, já recebeu notificação no mês
passado pela quantidade insuficiente de merendeiras e
pela porção insuficiente na
Emei Cora Coralina.
O secretário afirma que a
atual contratação prevê 50
penalidades, contra 20 até
então. A partir de 2005, houve R$ 24 milhões em multas
e 280 penalidades.
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