São Paulo, domingo, 11 de setembro de 2011

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Média nacional no Enem 2010 sobe 2%

Crescimento nas notas das provas de concluintes do ensino médio foi de dez pontos, saindo de 501,58 para 511,21

Para representante de secretários de Educação, aumento é tímido; resultados por escola saem amanhã

JOHANNA NUBLAT
DE BRASÍLIA

A média nacional dos alunos no Enem 2010 subiu 1,91% nas provas objetivas se comparada à prova anterior. O dado se refere apenas aos concluintes do ensino médio regular no ano de referência da prova e integra um pacote com informações gerais do Enem divulgado pelo Ministério da Educação.
As notas por escola estarão disponíveis amanhã de manhã no portal do Inep (www.inep.gov.br).
O crescimento médio foi de dez pontos, saindo de 501,58 no Enem 2009 para 511,21 na edição 2010 -não há uma nota máxima, os pontos dependem do desempenho dos alunos naquele ano.
Esta é a primeira vez que as notas do Enem são comparáveis de um ano ao outro, porque os testes foram calibrados de forma a terem o mesmo grau de dificuldade.
Já o método da redação não garante a equivalência técnica das provas de 2009 e 2010. Assim, segundo o ministério, a nota -que subiu 11 pontos em 2010- não é comparável.
Além de avaliar a qualidade do ensino médio, o Enem também é usado para acesso a graduação, bolsas do ProUni e financiamento estudantil, entre outras funções. O ministro da Educação, Fernando Haddad, considerou o resultado geral como "bem-sucedido". "O resultado superou um pouco [as expectativas], dentro do esperado", avaliou.
Para Haddad, também foi positiva a maior participação entre os alunos concluintes do ensino médio regular -de 45,8% para 56,4%. "Quando acontece de a participação e a nota aumentarem, você tem grande confiabilidade de que os resultados mostram uma evolução consistente da qualidade."
Segundo o ministro, o Enem 2010 cumpriu 10% do que se espera atingir em 15 anos -600 pontos. Mantido esse crescimento, calcula Haddad, a meta poderia ser atingida em dez anos.
Apesar da comemoração, o pré-candidato à prefeitura de São Paulo classificou a distância entre determinadas escolas públicas e privadas como "intolerável".
Antônio César Callegari, do CNE (Conselho Nacional de Educação), avalia preliminarmente o resultado como bom, considerando que muitas medidas como a melhoria da formação e das condições de trabalho dos professores ainda não ocorreram.
O mesmo crescimento, porém, foi considerado "tímido" por Thiago Peixoto, representante do Conselho Nacional de Secretários de Educação. "Mostra que estamos no rumo, mas precisamos melhorar mais rápido."


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