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Contratar "por hora" é comum
DA SUCURSAL DO RIO
Segundo o Censo do Ensino Superior do MEC, o regime de contratação mais comum nas instituições privadas é o que gera menor custo. Dos 70.076 professores
dessas instituições, 35.354
(50,5%) trabalham por hora.
Esse professor é contratado exclusivamente para dar aula e recebe de acordo com a carga horária.
Por não ter de fazer pesquisa, ele
pode atender a um número maior
de turmas do que um professor
que trabalha em regime integral.
No regime integral, o docente
trabalha pelo menos 20 horas semanais na instituição e dedica outras 20 horas para pesquisa ou trabalhos fora da sala de aula.
"Quando a LDB foi aprovada,
achamos excelente essa exigência
[de ter um terço de professores
em regime integral] porque ela diminuiria o sacrifício do professor
horista. O problema é que as universidades ainda não cumprem
essa legislação. O que elas valorizam é só cuspe e giz", reclama o
diretor de comunicação do Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro, Marcos
Alexandre Gomes.
Paulo Alcântara Gomes, que é
reitor da Universidade Castelo
Branco (Rio) e presidente do
Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, defende que a
legislação seja mais flexível.
"Dependendo da área de conhecimento, um terço trabalhando em regime integral pode ser
um percentual elevado ou não.
Talvez em cursos de história ou filosofia, por exemplo, esse percentual seja adequado. Mas, para
áreas como arquitetura, jornalismo ou direito, isso poderia trazer
prejuízos para a qualidade do ensino porque afastaria desses cursos profissionais que seriam bons
professores", disse ele.
"Esse percentual de 33% deveria ser reestudado para levar em
conta a peculiaridade de cada curso ou região", afirma Alcântara
Gomes.
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