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foco
Rio libera carrinho de chope em praia em troca de trator de limpeza
FÁBIO GRELLET
DA SUCURSAL DO RIO
Segunda-feira, 17h30. Enquanto os termômetros da
praia de Ipanema (zona sul do
Rio) marcam 37ºC, bastou o
vendedor caminhar quatro
passos empurrando o carrinho de chope para ser abordado por três sedentos clientes. "Com esse calor não tem
nada melhor", diz o bancário
aposentado Ulisses Cruz, 64.
Ele não é o único a pensar
assim. "Já vendi um barril [de
50 litros] e meio em uma hora", conta o vendedor Felipe
Vieira, 25, funcionário de um
quiosque perto do posto 9, em
Ipanema. Um copo de 300 ml
sai por R$ 3,50, o de 400 ml
custa R$ 4 e o de 500 ml, R$ 5.
Cerca de 270 carrinhos -
dos quase 430 existentes em
todo o país- circulam pelas
praias do Rio de Janeiro após
a Ambev, fabricante do chope
Brahma, fechar acordo com a
prefeitura: doou 25 tratores
de limpeza para serem usados
na areia da praia pela Comlurb, a empresa de limpeza
urbana da cidade.
Como os carrinhos circulam pelo calçadão e não pela praia, a autorização não depende da União.
Litoral norte
Os demais carrinhos são
usados nas praias de São Sebastião (litoral norte de SP) e
durante eventos em São Paulo. "Em feiras no Anhembi esses carrinhos também fazem
sucesso", afirma João Paulo
Badaró, diretor de novos negócios da Ambev.
O carrinho, que dispõe de
um barril de 50 litros e serpentina acoplada, foi lançado
pela Brahma no final de 2008
e é oferecido em sistema de
franquia. O investimento necessário varia de R$ 5.000 a
R$ 10.000 e, por mês, cada
carrinho vende até 1.500 litros, diz a empresa.
"O pessoal quer que a gente
circule pela areia, mas é difícil, porque o barril é muito
pesado", diz o vendedor Vieira, que circula pelo calçadão
da avenida Vieira Souto, em
Ipanema. "Se fosse para a
areia, não daria conta de
atender tanta gente."
Antes de terminar a entrevista, o vendedor é abordado
por mais um cliente. "O chope está gelado? Nunca passei
tanto calor", reclama o homem.
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