São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 2011

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Venezuelano assume a curadoria da 30ª Bienal

Luis Pérez-Oramas será responsável pela mostra de arte de SP de 2012

Atual curador de arte latina do MoMA, em NY, Oramas é o segundo estrangeiro a ocupar o cargo na Bienal de SP

FABIO CYPRIANO
DE SÃO PAULO

O venezuelano Luis Pérez-Oramas, 50, será o curador da 30ª Bienal de São Paulo, programada para 2012. É o segundo estrangeiro a cuidar da mais importante mostra de artes plásticas do país.
Em 2002 e 2004 (25ª e 26ª edições), o curador foi o alemão Alfons Hug, cuja atuação foi bastante criticada.
Atualmente, Pérez-Oramas é o curador de arte latino-americana do Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMA. Ele assumiu o posto em 2006, após a criação de um fundo específico para este fim, financiado pela colecionadora Estrellita Brodsky.
No MoMA, em 2009, ele foi o responsável pela mostra "León Ferrari e Mira Schendel: O Alfabeto Enfurecido", vista também nos museus Reina Sofia (Madri) e Iberê Camargo (Porto Alegre).
Antes do MoMA, ele foi curador da coleção da venezuelana Patricia Phelps de Cisneros, que possui a maior coleção privada de arte latino-americana.
Segundo Cisneros, o diretor do MoMA, Glenn Lawry, pediu a ela que liberasse Pérez-Oramas da curadoria de sua coleção especialmente para que ele exercesse a nova função no museu.
"Luis é um grande conhecedor de arte latino-americana", disse a colecionadora.
Pérez-Oramas havia sido escolhido há quase duas semanas pela diretoria da Bienal, mas apenas ontem confirmou que assumirá o cargo.
Desde o ano passado, Heitor Martins, presidente da Bienal, e alguns membros da diretoria executiva da instituição, entre eles os colecionadores Justo Werlang e Miguel Chaia, vinham analisando nomes para a função, alguns destes ligados a instituições como a Tate, de Londres, ou o Musac (Museu de Arte Contemporânea de Castilha e León), na Espanha.

PROJETOS
Agora em 2011, contudo, apenas estavam sendo considerados Pérez-Oramas e a brasileira Suely Rolnik. Ambos chegaram a apresentar várias versões de projetos para a mostra, que incluíam nomes de colaboradores.
Segundo a Folha apurou, o venezuelano indicou dois assistentes: o alemão Tobi Maier, que trabalhou na 27ª Bienal, e o artista gaúcho André Severo.
O estatuto da Bienal diz que cabe ao presidente a indicação do curador da mostra, e Martins, ao contrário de seu antecessor, Manoel Francisco Pires da Costa, optou por não recorrer a um time de especialistas para tanto.


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