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REPRESSÃO SELETIVA
A operação contra "suspeitos" que chegam de São Paulo à rodoviária de Curitiba visa coibir roubo de Rolex
De 80 fichados no PR, 1 foi preso por assalto
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Dos 80 passageiros suspeitos
que foram fichados nesta semana
pela Polícia Militar no desembarque de ônibus procedentes de São
Paulo, apenas um teve, confirmadamente, participação em assalto
em sinais de trânsito de Curitiba
para roubo de relógios Rolex.
A informação é do capitão da
PM Rui Barroso, que coordena a
Operação Sinal Vermelho na rodoviária. Segundo ele, um dos
quatro integrantes de uma quadrilha presa terça-feira à tarde,
após o roubo a uma empresária,
foi abordado e cadastrado no posto da PM, pela manhã.
Ontem a ação contra os "suspeitos" de São Paulo prosseguiu sem
incidentes entre a PM e as 16 pessoas "convidadas" -até meados
da tarde- a preencher o cadastro
para justificar a viagem.
A Operação Sinal Vermelho foi
determinada pelo secretário da
Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, do governo Roberto
Requião (PMDB), e funciona há
duas semanas. Os desembarques
de ônibus da linha São Paulo-Curitiba são filmados e fotografados
e os passageiros que os policiais
consideram suspeitos são "convidados" a apresentar documentos
e a preencher uma ficha.
O delegado Rubens Recalcatti,
da Delegacia de Furtos e Roubos,
disse ontem que todos os presos
em flagrante sob acusação de roubo de Rolex em Curitiba, na terça,
saíram de Francisco Morato (SP).
Um foi preso meia hora após o
assalto e os demais no momento
que tomavam um ônibus, às 22h,
de volta para São Paulo. O relógio
estava no bolso de um deles. Segundo o delegado, já havia ficha
sobre eles, inclusive com informações da polícia de São Paulo.
Na semana retrasada, uma
equipe da Furtos e Roubos prendeu outra gangue que também teria saído de Francisco Morato e
apresentaria passagem pela polícia por roubo de relógios de marcas caras, segundo Recalcatti.
O delegado disse ainda que um
assaltante morto com um tiro na
boca disparado por um juiz, no
trânsito de Curitiba, há três semanas, também saiu de Francisco
Morato. Em outubro do ano passado, o empresário Yared Yared
Filho foi morto no trânsito e seu
Rolex roubado, mas até hoje a polícia não elucidou o caso.
O promotor de Justiça Sylvio
Roberto Kuhlmann, que coordena o Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Proteção
aos Direitos Humanos, do Ministério Público do Paraná, disse ontem, por intermédio da assessoria
de imprensa, que vai acompanhar
a operação.
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