MARIANA CAMPOS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Após três dias de sessões no Fórum de Praia Grande, no litoral de São Paulo, o taxista Claudionor Almeida de Souza, 57, foi condenado ontem, por júri popular, a 19 anos de prisão.
Da sentença, 18 anos são pelo assassinato da mulher dele, a jornalista Sueli Jacinto, 42, e um ano e dez dias pelo crime de corrupção ativa. Ele ofereceu dinheiro a um carcereiro.
O assassinato da jornalista aconteceu em dezembro de 2002, durante a lua-de-mel do casal.
Souza foi condenado por homicídio triplamente qualificado, ou seja, crime cometido por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.
O promotor Walfredo Cunha Campos afirmou que não pretende recorrer da sentença.O advogado de defesa do réu, Eduardo Cesar Leite, pretende pedir a anulação do julgamento. "Temos um habeas corpus, que vamos impetrar na próxima semana, em que pediremos a nulidade do julgamento com base nos incidentes que ocorreram."
De acordo com Leite, houve, entre outras coisas, a quebra de incomunicabilidade de uma das testemunhas e o não comparecimento ao tribunal da adolescente que teria ajudado o taxista a cometer o crime. Souza está preso desde dezembro de 2002.
A polícia descobriu que Souza tinha como amante uma adolescente, que disse que o crime havia sido planejado e cometido pelo taxista.
A família comemorou a condenação. "Estou aliviada", disse a mãe da jornalista, Floripes Conceição Jacinto, 69.


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