São Paulo, segunda-feira, 12 de março de 2007 |
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Paulo Renato ataca falta de continuidade
Para ministro da Educação no governo FHC, secretários de Covas e Alckmin não seguiram mesmas políticas educacionais
O governo de São Paulo, comandado há quatro mandatos
pelo PSDB, errou na condução
da progressão continuada nas
escolas estaduais. A avaliação é
do tucano Paulo Renato Souza,
ministro da Educação na gestão FHC (1995 a 2002).
FOLHA - Por que o desempenho dos alunos piorou nestes dez anos no país, período no qual, em grande parte, o sr. esteve à frente do MEC? PAULO RENATO SOUZA - Houve uma queda entre 1995 a 1999 que é explicável pelo alto ritmo de incorporação de novas crianças ao sistema. Chegamos a 97% das crianças na escola [no ensino fundamental], dobramos a matrícula no ensino médio. E, quando se incorpora, é normal que as médias caiam. Até diria que caiu menos do que se poderia esperar. Depois, parou esse ritmo de incorporação, o que fez com que as médias melhorassem em 2003. O surpreendente é a queda da 8ª e do ensino médio em 2005. Deveria ter ocorrido uma pequena melhora. Essas variações não são muito significativas, estão dentro do intervalo de confiança, mas isso significa que estávamos mal e não melhoramos. FOLHA - Quando há essa forte inclusão, não se pode fazer nada para
evitar que o desempenho desses
alunos seja tão ruim?
FOLHA - Os resultados mostram
que não houve sucesso.
PAULO RENATO - Esse é o ponto.
FOLHA - O que mudaria?
FOLHA - Mas por que isso não foi
feito na gestão do sr.?
FOLHA - Como o sr. avalia a situação educacional de São Paulo?
FOLHA - O PSDB entrou no quarto
mandato em São Paulo [Mário Covas (dois), Geraldo Alckmin e agora
José Serra] e os resultados continuam ruins. O que houve no Estado?
FOLHA - Como o sr. avalia isso?
FOLHA - Quais foram as descontinuidades no período? PAULO RENATO - Tivemos políticas totalmente diferentes da secretária Rose para o secretário Chalita. FOLHA - Quais? PAULO RENATO - É difícil entrar no detalhe, não acompanhei tão de perto, mas claramente houve diferenças. FOLHA - São Paulo adotou a progressão continuada. Ela prejudicou
a qualidade de ensino do Estado?
FOLHA - Especialistas e professores
da rede dizem que o governo não
deu condições para que a escola
acompanhasse os estudantes com
dificuldades. O sr. concorda?
FOLHA - Pode ser tanto problema
da escola quanto do governo?
FOLHA - O que faltou?
FOLHA - O sr. considera a progressão continuada positiva?
FOLHA - O atual governo [José Serra] quer diminuir o ciclo de quatro
para dois anos. O que o sr. acha?
FOLHA - Como o sr. avalia o PAC da
Educação do governo federal?
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