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Juiz solta 6 PMs acusados de extermínio
Comerciante, que estava preso sob a suspeita de ligação com "Os Highlanders", também foi libertado; outros 9 continuam presos
Ontem, quatro dos PMs que continuam presos foram denunciados pela Promotoria à Justiça pela morte
de um deficiente mental
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL
O juiz Gabriel Pires de Campos Sormani, de Itapecerica da
Serra (Grande São Paulo), determinou a libertação de seis
dos 15 PMs presos sob a suspeita de integrar o grupo de extermínio "Os Highlanders".
Para o juiz, não há mais necessidade de manter esses PMs
presos na fase da investigação
policial. O magistrado atendeu
ao pedido de revogação da prisão temporária feito pelos advogados de três PMs e estendeu
o benefício a outros três policiais e um comerciante.
Foram soltos os PMs Rogisnaldo Cegatte, Adilson Santos
de Andrade, Adilson Moreira
de Sousa, Jerry Atílio de Andrade e Reinaldo de Andrade Dantas, do 37º Batalhão, e o sargento Ailton Rodrigues Machado,
da Rota. O comerciante Antônio Teixeira Oliveira, 28, o Falcão, foi o sétimo a ser solto.
Ao todo, os 15 PMs e o comerciante são investigados por pelo menos 12 mortes em 2008,
mas nem todos os 15 estão ligados a todos os crimes. Cinco vítimas foram decapitadas e por
isso o grupo é chamado de "Os
Highlanders". Para a polícia, as
mortes estão ligadas a um esquema de extorsão de dinheiro
contra supostos criminosos.
Um dos decapitados foi o deficiente mental Antonio Carlos
Silva Alves, 31, que foi visto pela
última vez em 8 de outubro,
quando era colocado em um
carro da Polícia Militar.
Ontem, a Promotoria denunciou à Justiça os PMs que estavam no carro: Moisés Alves
Santos, Joaquim Aleixo Neto,
Anderson dos Santos Salles e
Rodolfo da Silva Vieira.
"Os réus, que são PMs, de-
sonraram a corporação, e, fardados, executaram pessoa portadora de necessidades especiais", escreveram os promotores Salmo Mohmari dos Santos
e Marcos de Matos na denúncia. Eles pediram a decretação
da prisão preventiva (que pode
durar até a conclusão do processo) dos quatro PMs, já presos temporariamente desde janeiro. Além deles, outros cinco
PMs continuam presos.
O advogado José Miguel da
Silva Júnior, defensor dos PMs
denunciados pela morte de
Carlinhos, afirmou que seus
clientes "negam veementemente o crime". Para ele, "a investigação contra os quatro
tem muitas falhas".
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