São Paulo, quinta, 12 de março de 1998

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Ele disse aos policiais que um deles é muito parecido com o ladrão
Deputado não reconhece dois suspeitos de assaltá-lo

da Reportagem Local

O deputado estadual Erasmo Dias (PPB) não reconheceu os dois homens acusados de compor uma quadrilha de ladrões de apartamentos e que eram suspeitos de o terem assaltado em novembro do ano passado.
Erasmo estava saindo do apartamento de sua amiga, a procuradora aposentada Jeanete Tamara Praude, 52, nos Jardins (zona sudoeste de São Paulo), quando dois ladrões os renderam -pelos menos outros dois teriam participado do roubo.
Eles ficaram no apartamento 40 minutos e ameaçaram estuprar as duas filhas da procuradora, infectando-as com o vírus HIV (causador da Aids). Fugiram com R$ 100 mil em jóias.
O deputado tentou reconhecer Francisco Luiz Ferreira Picerni, 19, o "Chicão", e Fernando Canazza, 20. Picerni seria o líder da quadrilha.
Erasmo disse não poder identificar Picerni. Em relação a Canazza, o deputado afirmou que o suspeito é muito parecido com um dos homens que o roubaram, mas que não tem certeza de que ele era um dos assaltantes. Isso porque, no dia do crime, os ladrões estavam com meias de nylon na cabeça.
Picerni e Canazza são suspeitos desse roubo porque teriam usado o mesmo método -ameaças de estupro com contaminação com HIV- para assaltar o procurador da Assembléia Legislativa Benedito Luiz Franco, 54. Franco, roubado uma semana depois de Erasmo, reconheceu os presos, que foram acusados de outros três roubos no dia 17 de fevereiro em São Paulo. (MARCELO GODOY)


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