da Folha Ribeirão

A Polícia Civil de Ituverava (410 km de SP) encontrou ontem a mulher acusada de matar a filha recém-nascida com 23 facadas.
De acordo com a polícia, Noemi Jacinto, 34, confessou durante depoimento que cometeu o crime na sexta-feira, às 13h, logo após o parto. Noemi trabalha em uma creche.
Ela disse não saber como aconteceu, pois estaria fora de si.
A criança foi encontrada numa rua do bairro Largo do Rosário, na segunda-feira de manhã, dentro de uma sacola plástica.
A acusada afirmou à polícia que colocou a criança dentro da sacola logo após matá-la. O bebê, disse ela, ficou embaixo de sua cama no sábado e, no dia seguinte, sob o tanque, dentro de um balde.

Ligações anônimas
A polícia recebeu inúmeras ligações anônimas, que ajudaram a localizar Noemi.
Segundo o titular do 1º Distrito Policial de Ituverava, Carlos Amir Pessoa, Noemi matou a criança com a mesma faca que que usou para cortar o cordão umbilical.
Noemi tem uma filha de 7 anos e é monitora em uma creche. Segundo a coordenadora da creche, Ana Maria Abdala Kikuda, Noemi é uma excelente funcionária.
"Estamos chocadas. Ela adorava as crianças e era muito querida por todas", disse Ana Maria.
Pessoa afirmou que o inquérito deverá ser concluído até sexta-feira. Noemi responderá em liberdade por infanticídio, pois o crime teria sido cometido durante o estado puerperal (pós-parto).
Nesse caso, a Justiça entende que a mãe é acometida por uma depressão, provocada pelas dores e condições psicológicas do parto.
A pena prevista para o crime é de dois a seis anos de detenção. Noemi respondeu a processo judicial por ter abandonado uma criança em 89 e foi absolvida.



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