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SUSTO
Para diretora, foi uma "brincadeira inconsequente"
Pó branco intoxica pelo menos 35 estudantes e mobiliza bombeiros
DA REPORTAGEM LOCAL
Um pó branco não-identificado
causou intoxicação em mais de 35
alunos da Escola Estadual Deputado Silva Prado, na zona leste, e
paralisou as aulas. Estudantes
apresentaram reações alérgicas e
foram encaminhados a prontos-socorros da região.
O fato mobilizou oito carros do
Corpo de Bombeiros, uma unidade móvel da Cetesb (Companhia
de Tecnologia de Saneamento
Ambiental do Estado) e até um
helicóptero de resgate. A PM e a
CET (Companhia de Engenharia
de Tráfego) isolaram o perímetro
da escola pela manhã.
As vítimas chegaram aos hospitais com sintomas como tontura e
irritações na pele, nos olhos, no
nariz e na garganta. Dois alunos
tiveram parada respiratória.
A Secretaria Municipal da Saúde informou que os adolescentes,
com idades entre 13 e 19 anos, foram liberados ao longo do dia e
que não houve necessidade de internação de nenhum deles. Quatro alunos chegaram a tomar soro, mas se recuperaram logo.
Susto
Por volta das 9h15 da manhã,
alunos das salas 14 e 17 da escola
começaram a dizer que não se
sentiam bem. A coordenadora
pedagógica Eliana Maria de Jesus
disse que lavou o rosto dos adolescentes -que cursam a segunda série do ensino médio- e os
levou para o jardim para "respirar
ar puro". O problema continuou.
Na hora do intervalo, às 9h45, os
alunos que foram para o pátio
também passaram mal.
Os bombeiros foram então chamados e chegaram à escola às
10h32. Uma aluna encontrou jogado no pátio interno da escola
um frasco de plástico contendo o
pó branco suspeito.
O pó foi recolhido pelos bombeiros e enviado para análise no
Instituto Adolfo Lutz. O resultado
deverá sair até a segunda-feira. Os
testes irão detectar até mesmo a
presença de antraz.
Médicos que atenderam os adolescentes suspeitam que o "misterioso pó" seja gás de pimenta ou
pó-de-mico.
A diretora da escola, Maria
Aparecida dos Santos, classificou
o ato como "uma brincadeira inconsequente". Ela disse já ter o
nome de três suspeitos de provocar a confusão.
A vigilância sanitária interditou
as salas 14 e 17 da escola.
(RENATO ESSENFELDER E PALOMA COTES)
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