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Moradores da favela temem novos ataques
DA SUCURSAL DO RIO
Ontem à tarde, horas antes
de mais um tiroteio entre
traficantes e policiais que
deixou um morador morto
por uma bala perdida, o presidente da União Pró-Melhoramentos dos Moradores
da Rocinha (UPMMR), William de Oliveira, dizia que a
situação estava mais serena,
mas ressaltava o temor dos
integrantes da comunidade
em relação a ataques ainda
mais violentos no futuro.
"Se o problema não for resolvido agora, o próximo
ataque será muito mais
agressivo, porque foram 60
homens que não conseguiram alcançar o objetivo deles. Praticamente, não houve
confronto entre eles", disse.
Durante a tarde, crianças
circulavam pela favela com
ovos de chocolate ao lado de
policiais armados.
A distribuição de ovos de
Páscoa para as crianças do
morro foi organizada a partir de doações de comerciantes da favela. Foram distribuídos 4.000 ovos, contra os
cerca de 6.000 entregues no
ano passado.
Algumas famílias que moram na parte alta do morro,
especialmente na região
próxima à mata, continuam
deixando seus barracos, temendo que os traficantes invadam as casas durante a
madrugada para roubá-las.
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