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Escolas afirmam que percentuais têm aumentado
DA SUCURSAL DO RIO
DA REPORTAGEM LOCAL
Divergência na interpretação da lei, erros de preenchimento e reestruturação em
curso foram respostas de oito das dez instituições com
menor proporção de docentes integrais -duas delas não
se pronunciaram.
O reitor da Universidade
Católica do Salvador, José
Carlos da Silva, diz que, com
recursos escassos, priorizou
a qualificação do corpo docente para, depois, ampliar o
regime integral, o que está
sendo feito agora.
Como ex-presidente do
Conselho de Reitores das
Universidades Brasileiras,
ele cita parecer feito pelos juristas Ives Gandra e Josafá
Marinho com entendimento
de que as universidades credenciadas antes da Lei de Diretrizes e Bases, de 1996, não
estariam sujeitas a ela.
A Universidade Presidente
Antônio Carlos diz que o
censo computou erroneamente dados de 102 unidades suas que não fazem parte
da universidade. Elas seriam
faculdades isoladas da mesma mantenedora que não teriam que se adequar a exigência de tempo integral.
O pró-reitor de graduação
da Universidade de Mogi das
Cruzes, Rubens Guilhemat,
reclama de como os dados
são colhidos. "O MEC deveria utilizar a carga horária total dos professores, e não o
número de docentes. Um
que trabalha 40 horas equivale a dois de 20 horas, mas o
censo não capta isso."
Guilhemat diz que mais de
um terço da folha de pagamento é gasto com atividades fora de sala de aula. "As
comissões avaliadoras do
MEC já têm aceitado o conceito, chamado de professor-equivalente."
Presidente do conselho de
comunicação da Uniban,
Eduardo Fonseca, diz que a
escola fez um plano de desenvolvimento institucional
e está "redimensionando" o
quadro, aumentando o número de docentes integrais.
Ele também faz ressalvas
ao modo como os dados são
colhidos. "Temos muitas atividades em que o professor
não deve ter dedicação integral, como cursos tecnológicos. Excluídos estes grupos,
atingimos o um terço."
A PUC-Campinas informou que, no final de 2006,
aprovou plano de carreira e
que aumentou a proporção
de professores em regime integral para 19,8%.
A Universidade Cruzeiro
do Sul diz que os dados estavam defasados e afirmou ter
"cerca de 30% do corpo docente em regime integral e
parcial" -mas não informou
o percentual somente em
tempo integral.
A Universidade Severino
Sombra diz que houve erro
no preenchimento do censo
e que, em vez de um professor integral, a instituição
possui 179 (39% do total).
A Universidade da Amazônia afirma que, entre 2006 e
2008, aumentou em 4,9% a
proporção de professores em
dedicação integral -patamar que está hoje em 14,9%.
A instituição diz que pretende chegar ao fixado na lei e
que investe em capacitação.
A Associação Nacional das
Universidades Particulares
não se manifestou.
(AG e FT)
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