DA REPORTAGEM LOCAL

A aprovação da anistia às lojas irregulares vai tornar ainda mais difícil a negociação dos planos diretores regionais na Câmara Municipal de São Paulo. O regimento estabelece que depois que algum projeto que trata de zoneamento é aprovado -como o de ontem-, o apoio mínimo necessário sobe de 33 para 37 vereadores em outras votações do tema no ano.
As propostas dos planos diretores regionais estão em fase final de discussão e devem ser enviadas pelas subprefeituras ao Legislativo até o final do mês, mas a previsão é que não sejam aprovadas antes de outubro, pelo menos.
O prazo inicial previsto no Plano Diretor, aprovado em agosto do ano passado, fixava que as propostas regionais seriam enviadas à Câmara até o final de abril. No entanto elas não ficaram prontas, e o prazo teve de ser adiado.

Comparação
Para se ter uma idéia dos novos obstáculos, na votação de ontem, considerada uma questão pontual por muitos vereadores, o governo obteve apenas 35 votos favoráveis. Mesmo assim, só conseguiu esse número após várias negociações, que se arrastaram por três semanas. Se estivesse em vigor o quórum que valerá para os planos diretores regionais -uma discussão muito mais complexa - o governo teria sido derrotado.
Principal porta-voz dos urbanistas na Câmara, o vereador Nabil Bonduki (PT) prevê dificuldades: "Será necessária uma grande articulação para que se vote sem prejuízos para a cidade". (PDL)


Texto Anterior: Moradores lamentam anistia e vão à Justiça
Próximo Texto: Pasquale Cipro Neto: "O Dia do Fico"
Índice