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No Brasil, caso de discriminação ainda é comum
DA REPORTAGEM LOCAL
Também no mundo do trabalho, o Brasil é tomado como
exemplo quando se trata de
Aids. Paulo Teixeira, que coordenou o Programa Nacional de
DST/Aids, lembra que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) escolheu o Brasil,
dois anos anos atrás, para lançar um código de conduta no
trabalho, incluindo prevenção,
tratamento e condenando a
discriminação. Portarias federal e de vários Estados proíbem
que funcionários públicos sejam submetidos a testes de
HIV/Aids para serem admitidos. O Conselho Federal de
Medicina também proíbe que
médicos do trabalho peçam o
teste. Nas empresas privadas,
quando o empregador exige,
acaba perdendo na Justiça.
Mas abusos e discriminações
continuam acontecendo, muitas vezes camufladamente, diz
Mario Scheffer, do Grupo Pela
Vidda. A ONG, que tem três
advogados voluntários, atende
cerca de 30 casos de demissão
ou discriminação por mês. A
procura é muito maior.
Com a distribuição do coquetel, muitos doentes aposentados por Aids estão procurando
voltar ao mercado de trabalho.
"O maior desafio, agora, é encontrar uma vaga", diz Scheffer. Algumas ONGs estão se dedicando a reciclar e oferecer
cursos a essas pessoas.
(AB)
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