São Paulo, segunda-feira, 12 de julho de 2004

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No Brasil, caso de discriminação ainda é comum

DA REPORTAGEM LOCAL

Também no mundo do trabalho, o Brasil é tomado como exemplo quando se trata de Aids. Paulo Teixeira, que coordenou o Programa Nacional de DST/Aids, lembra que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) escolheu o Brasil, dois anos anos atrás, para lançar um código de conduta no trabalho, incluindo prevenção, tratamento e condenando a discriminação. Portarias federal e de vários Estados proíbem que funcionários públicos sejam submetidos a testes de HIV/Aids para serem admitidos. O Conselho Federal de Medicina também proíbe que médicos do trabalho peçam o teste. Nas empresas privadas, quando o empregador exige, acaba perdendo na Justiça.
Mas abusos e discriminações continuam acontecendo, muitas vezes camufladamente, diz Mario Scheffer, do Grupo Pela Vidda. A ONG, que tem três advogados voluntários, atende cerca de 30 casos de demissão ou discriminação por mês. A procura é muito maior.
Com a distribuição do coquetel, muitos doentes aposentados por Aids estão procurando voltar ao mercado de trabalho. "O maior desafio, agora, é encontrar uma vaga", diz Scheffer. Algumas ONGs estão se dedicando a reciclar e oferecer cursos a essas pessoas. (AB)


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