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Disputa entre SP e PR deve atrasar júri do caso Glauco
STJ pode decidir onde vai ser julgado o réu
ROGÉRIO PAGNAN
DE SÃO PAULO
Uma disputa jurídica entre
os Estados de São Paulo e do
Paraná deve atrasar o julgamento do assassinato do cartunista Glauco Villas Boas e
do filho Raoni.
A disputa é para saber onde devem tramitar os processos contra o assassino confesso, Carlos Sundfeld Nunes. A decisão deverá ser do
Superior Tribunal de Justiça.
A Justiça Federal do Paraná, atendendo a pedido da
defesa de Nunes, declarou-se
a única competente para
analisar a questão porque,
após os homicídios, o réu atirou contra um policial em
Foz do Iguaçu quando tentava fugir para o Paraguai.
Para o Ministério Público
de São Paulo, porém, o caso
deve tramitar nos tribunais
paulistas porque foi no Estado que ocorreram os crimes
mais graves, os assassinatos.
Essa também é a opinião
do criminalista Roberto Delmanto, autor de várias obras
sobre o Código Penal. "O crime de homicídio, por ser
competência do júri, atrai os
crimes conexos", disse.
A questão ficou mais polêmica porque a Justiça Estadual de Osasco (SP), onde os
homicídios ocorreram, em
março deste ano, concordou
com a Justiça do Paraná e enviou para lá o processo.
O Ministério Público recorreu ao Tribunal de Justiça. Se
os desembargadores entenderem que a Justiça paulista
deve julgar os homicídios, a
decisão final caberá ao STJ.
O advogado de Nunes,
Gustavo Badaró, negou que
tenha pedido que o processo
fosse para o Paraná por ser
mais fácil inocentar seu
cliente num eventual júri.
O promotor paulista Yuri
Giuseppe Castiglione disse
que não podia dar detalhes
de seu pedido porque o processo corre sob sigilo.
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