São Paulo, domingo, 12 de setembro de 2004

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Candidatos têm propostas parecidas

DA REPORTAGEM LOCAL

Questionados pela Folha sobre o que pretendem fazer para contribuir no controle da poluição atmosférica, os quatro principais candidatos à Prefeitura de São Paulo responderam quase a uma só voz: investir em transporte coletivo, implantar ciclovias e realizar a inspeção veicular ambiental.
As soluções são também uma unanimidade entre os especialistas, mas sua implementação ainda continua muito aquém da necessidade. "Nas ações de controle da poluição, cabe ao município atuar na gestão do tráfego e no planejamento da cidade. Mas o processo ainda está absurdamente no começo", afirma a urbanista Laura Ceneviva, coordenadora-geral do Cades (Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável).
Segundo a prefeita Marta Suplicy (PT), candidata a reeleição, a criação dos corredores de ônibus, a implantação do Bilhete Único e a troca da frota estimulam o uso do transporte público. Ela aposta no início da inspeção ambiental veicular para reduzir a poluição. Promete também mais corredores, ciclovias e ônibus a gás.
José Serra (PSDB) defende a integração entre governo estadual e municipal para estimular o uso de transporte coletivo e promete diminuir de forma significativa a poluição de motocicletas até 2007 e a de ônibus até 2008. Também considera a inspeção veicular fundamental e diz ser preciso investir em ônibus a gás, metrô e trem.
Já Paulo Maluf (PP) coloca grande peso na atuação da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, criada por ele na sua última gestão (1993-1996). Segundo o candidato, a pasta será "reativada" com todo o apoio do prefeito e das demais secretarias e o seu titular terá poderes para tomar decisões em casos de emergência por poluição do ar.
Já Luiza Erundina (PSB) insiste na necessidade de uma frota de ônibus mais moderna e com tecnologias mais limpas. No governo dela (1989-1992), foi aprovada uma lei que determinava a substituição dos veículos a diesel por outros movidos a combustíveis como o gás natural. Ela defende que se lute também pela ampliação da rede metroviária.
Erundina também prega a adoção de ciclovias. Segundo ela, há um estudo que indica que, por necessidade, cerca de 150 mil pessoas vão de bicicleta ao trabalho na capital paulista. (MV)

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