São Paulo, sexta-feira, 12 de outubro de 2007

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Classe superlotada e baixa qualidade de vida prejudicam trabalho, diz Apeoesp

DA REPORTAGEM LOCAL

Classes superlotadas e a baixa qualidade de vida dos professores na capital são alguns dos motivos apontados para a diferença de aprendizagem entre os alunos das séries iniciais da rede estadual paulista.
Presidente da Apeoesp (o sindicato dos professores estaduais), Carlos Ramiro de Castro lembra que a situação dos docentes na capital é ainda mais complicada do que a encontrada no interior.
"Pelos números, observamos que o problema atinge todo o Estado, mas, na capital, o trabalho do professor tem agravantes. Ele trabalha longe de casa, em alguns casos, convive com a violência e há, ainda, as salas superlotadas", diz. "Não dá para alfabetizar com 38, 40 alunos por classe. Essa porcentagem de estudantes que não sabe ler nem escrever é uma vergonha para o governo."
Ana Rosa Abreu, do Instituto Sangari, coordenadora dos parâmetros curriculares nacionais, diz que outra hipótese para a diferença entre a capital e o interior está no envolvimento dos docentes com a comunidade escolar e com o projeto pedagógico que desenvolve.
"Observamos que, no interior, o professor acompanha seus alunos mais de perto. Além disso, ele tem uma maior importância local e é um pouco mais reconhecido pela sociedade", diz. "Outro fator está na qualidade de vida. Ele não vive tão estressado quanto o da capital." (JEC e DT)


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