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Classe superlotada e baixa qualidade de vida prejudicam trabalho, diz Apeoesp
DA REPORTAGEM LOCAL
Classes superlotadas e a baixa qualidade de vida dos professores na capital são alguns
dos motivos apontados para a
diferença de aprendizagem entre os alunos das séries iniciais
da rede estadual paulista.
Presidente da Apeoesp (o
sindicato dos professores estaduais), Carlos Ramiro de Castro lembra que a situação dos
docentes na capital é ainda
mais complicada do que a encontrada no interior.
"Pelos números, observamos
que o problema atinge todo o
Estado, mas, na capital, o trabalho do professor tem agravantes. Ele trabalha longe de casa,
em alguns casos, convive com a
violência e há, ainda, as salas
superlotadas", diz. "Não dá para alfabetizar com 38, 40 alunos por classe. Essa porcentagem de estudantes que não sabe ler nem escrever é uma vergonha para o governo."
Ana Rosa Abreu, do Instituto
Sangari, coordenadora dos parâmetros curriculares nacionais, diz que outra hipótese para a diferença entre a capital e o
interior está no envolvimento
dos docentes com a comunidade escolar e com o projeto pedagógico que desenvolve.
"Observamos que, no interior, o professor acompanha
seus alunos mais de perto.
Além disso, ele tem uma maior
importância local e é um pouco
mais reconhecido pela sociedade", diz. "Outro fator está na
qualidade de vida. Ele não vive
tão estressado quanto o da capital."
(JEC e DT)
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