São Paulo, sexta-feira, 12 de novembro de 2010

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ENTREVISTA

Ministro afirma que investe em capacitação

DE SÃO PAULO

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, reconhece que os médicos do SUS também são assediados pela indústria farmacêutica e diz que a pasta tenta equilibrar a situação com capacitação profissional.

 

Folha - O sr. tinha conhecimento dessa influência da indústria farmacêutica?
José Gomes Temporão -
O que acontece aqui, acontece em todo mundo. Os congressos médicos são todos bancados pela indústria, as pesquisas científicas também. Os estudantes de medicina são assediados pela indústria desde o primeiro ano. Eu, como aluno, me lembro disso. A gente tenta equilibrar esse efeito investindo em atualização dos protocolos clínicos e capacitação e formação médica, com informações que não estejam relacionadas aos interesses da indústrias.

Mas há queixas sobre a morosidade no país na aprovação dos estudos clínicos...
Eu recebo uma romaria interminável de dirigentes de empresas e médicos reclamando disso. Estamos nos reestruturando para dar mais agilidade.

Outra questão é a falta de farmacêuticos no SUS.
O farmacêutico é um profissional fundamental. Estamos trabalhando para aumentar o número deles no SUS. Mas também existe uma briga corporativa. Não existem farmacêuticos nem em quantidade e nem bem distribuídos geograficamente no país. Enfermeiros com formação e capacidade podem suprir eventualmente a não existência do farmacêutico.


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