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São Paulo, sexta-feira, 12 de dezembro de 2003

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Pesquisa mostra maioria de "novatos"

DA ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA

Segundo informações preliminares de uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde, nesta conferência a maior parte dos delegados presentes nunca havia participado do encontro. Os dados mostram também uma maioria de homens de 40 a 50 anos, brancos, moradores do Sudeste e com segundo grau completo.
Paulo Ricardo Nascimento, 16, do conselho de saúde de Crateús (CE), participa de sua primeira conferência. "Um dia fui ao hospital e vi a necessidade do SUS. Um amigo estava saindo do conselho e me candidatei", diz Nascimento, escondido no fundo do auditório, olhos arregalados, rosto brilhante, caneta atenta para a leitura dos relatórios-síntese.
Segundo Ana Costa, diretora de Gestão Participativa do ministério, o objetivo da pesquisa é aumentar o grau de conhecimento sobre participação comunitária na gestão do SUS, regulamentada em 1990. Até hoje pouco se sabe do que pensam e do que fazem os que militam nesta área.
Nascimento trouxe propostas de criação de casas de apoio, de parto e um salário para as mães até os seis meses. Até terça, nenhuma delas tinha passado, disse.
Ronaldo Iaiati, 32, cacique da nação kaigang, morador de Braúna (SP), foi à conferência para impedir que queimadas das plantações de cana destruam plantas como a barba de simão. "Antes buscávamos o remédio na mata. Agora, não tem mais mato", diz Iaiati, que circulava na porta do auditório entre índios que vendem colares de miçangas.


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