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Pesquisa mostra maioria de "novatos"
DA ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA
Segundo informações preliminares de uma pesquisa feita pelo
Ministério da Saúde, nesta conferência a maior parte dos delegados presentes nunca havia participado do encontro. Os dados mostram também uma maioria de homens de 40 a 50 anos, brancos,
moradores do Sudeste e com segundo grau completo.
Paulo Ricardo Nascimento, 16,
do conselho de saúde de Crateús
(CE), participa de sua primeira
conferência. "Um dia fui ao hospital e vi a necessidade do SUS.
Um amigo estava saindo do conselho e me candidatei", diz Nascimento, escondido no fundo do
auditório, olhos arregalados, rosto brilhante, caneta atenta para a
leitura dos relatórios-síntese.
Segundo Ana Costa, diretora de
Gestão Participativa do ministério, o objetivo da pesquisa é aumentar o grau de conhecimento
sobre participação comunitária
na gestão do SUS, regulamentada
em 1990. Até hoje pouco se sabe
do que pensam e do que fazem os
que militam nesta área.
Nascimento trouxe propostas
de criação de casas de apoio, de
parto e um salário para as mães
até os seis meses. Até terça, nenhuma delas tinha passado, disse.
Ronaldo Iaiati, 32, cacique da
nação kaigang, morador de Braúna (SP), foi à conferência para impedir que queimadas das plantações de cana destruam plantas como a barba de simão. "Antes buscávamos o remédio na mata. Agora, não tem mais mato", diz Iaiati,
que circulava na porta do auditório entre índios que vendem colares de miçangas.
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