DA REPORTAGEM LOCAL

A violência sexual é um dos maiores fatores de risco para o contágio por HIV. O médico José Aristodemo Pinotti, hoje secretário especial da Mulher da gestão Gilberto Kassab, lembra-se de quando a equipe do Pérola Byington, então dirigido por ele, começou a ministrar o coquetel preventivo anti-HIV. "Fomos pioneiros internacionalmente", diz. "O contágio por HIV nas vítimas de estupro despencou graças a essa providência básica", diz.
Também foi lá que se conseguiu que as vítimas fossem atendidas primeiramente no hospital e depois na delegacia. "A gente mandava a paciente para a delegacia com uma assistente social".
A inversão da ordem tinha uma razão. Sabe-se que quanto menor o tempo entre o estupro e as providências médicas, menores serão os danos decorrentes .
"É muito bom, mas nós não queríamos que o atendimento fosse centralizado no Pérola", diz. "A idéia era criar um modelo de atendimento, que fosse replicado por toda a rede", afirma Pinotti.
A maioria dos pacientes do serviço de violência do Pérola é da Grande São Paulo e da periferia da capital. Elas têm de enfrentar horas de viagem até conseguir o atendimento. Desperdiça-se, assim, um tempo que é precioso. (LC)


Texto Anterior: Hospital de referência para mulher atende mais crianças
Próximo Texto: SP tem 9 delegacias para 5,7 milhões de mulheres
Índice