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Dois presos morrem em rebelião em Pernambuco
Os detentos
teriam ficado
insatisfeitos com
a inspeção
realizada pelos
agentes
Presídio Aníbal Bruno, o
maior do Estado, tem
capacidade para 1.448
presos, mas abriga mais do
que o dobro, 3.584 detentos
DA AGÊNCIA FOLHA
Dois presos morreram e pelo
menos 11 ficaram feridos -sendo um em estado grave- em
uma rebelião no presídio Aníbal Bruno, em Recife (PE), na
noite de anteontem.
O presídio Aníbal Bruno, que
é o maior de Pernambuco, tem
capacidade para 1.448 presos,
mas abriga atualmente 3.584
detentos.
A rebelião na penitenciária
começou por volta das 18h30
de sexta-feira, nos pavilhões A e
B da unidade. Os detentos, segundo o governo, ficaram insatisfeitos com a inspeção feita
por agentes penitenciários no
local onde ocorre o pernoite de
mulheres para visita íntima.
Na inspeção, foram encontrados 81 papelotes de maconha, 20 gramas de crack, três
celulares e facas artesanais.
O motim também pode ter sido motivado por rixas entre os
presos, disse Isaac Wanderley,
superintendente de Segurança
Penitenciária da Seres (Secretaria Executiva de Ressocialização) do Estado.
Segundo informações da Seres, os detentos chegaram a incendiar colchões, o que prejudicou o fornecimento de energia elétrica no presídio.
A rebelião foi controlada por
volta das 22h de anteontem,
por cerca de 150 policiais do
Batalhão de Choque e pelo Corpo de Bombeiros. Policiais usaram cães para conter os rebelados. Cleiton Lauro da Silva, 19,
e Leandro Claudino da Silva,
23, morreram durante a manifestação.
Os detentos feridos foram levados aos hospitais Otávio de
Freitas e Agamenon Magalhães, na capital pernambucana. Três permaneciam internados até ontem à tarde-um em estado grave.
Até a tarde de ontem, não havia sido detectada nenhuma fuga durante a rebelião, mas alguns pavilhões permaneciam
sem energia elétrica.
Histórico
Em novembro do ano passado, o presídio foi palco de três
motins seguidos -três presos
morreram, 43 ficaram feridos e
cerca de 100 foram transferidos. Na época, o governo do Estado estimou em R$ 1 milhão os
prejuízos causados pelas rebeliões.
(MARTHA ALVES e EDSON VALENTE)
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