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MEMÓRIA
Emílio Ribas
faz projeto de
recuperação
AURELIANO BIANCARELLI
da Reportagem Local
Enquanto a febre amarela retorna assustando o país -foram 70
casos no ano passado-, os cupins estão roendo os livros, prontuários e o pavilhão onde atendeu
o doutor Emílio Marcondes Ribas. Os cupins estão quase sob
controle: o exterior do Pavilhão
Classe já recuperou seu exterior
de tijolos ocres e ganhou uma nova cobertura. Começa agora a fase
de recuperação dos documentos e
móveis para transformar o prédio
no Memorial Emílio Ribas.
A Casa Rosada, como o casarão
é conhecido, foi apresentada ao
governador Mário Covas na sexta-feira, quando esteve no Instituto Emílio Ribas inaugurando a
Unidade de Terapia Intensiva.
"O Emílio Ribas é um centro de
referência latino-americano para
doenças infecto-contagiosas e
emergentes", diz Marinella Della
Negra, presidente do Centro de
Estudos do hospital. "Não podemos perder a memória", afirma,
defendendo a importância do
memorial. Até agora, cinco laboratórios contribuíram para as reformas. "Estamos aguardando
que outros se manifestem", diz a
médica.
Cerca de R$ 400 mil serão gastos
na fase final de recuperação dos
documentos e dos móveis.
Além da memória da saúde pública no Brasil, o Memorial Emílio
Ribas recupera um dos casarões
mais bonitos do século passado.
"As portas e janelas são de pinho
de riga, o ferro fundido veio da Inglaterra, o piso hidráulico da
França, e os gradis, alpendres e
colunas têm inspiração greco-romana ", diz o arquiteto Paulo Fraga Silveira, responsável pela restauração.
Além de uma nova e mais ampla UTI -17 quartos com pressão negativa para evitar a contaminação dos profissionais e visitantes- e de um memorial, o
Emílio Ribas terá novo prédio dos
ambulatórios. Covas prometeu
R$ 3 milhões para as obras.
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