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Carnaval faz Congonhas operar na madrugada
Operação do aeroporto foi ampliada em 2 h; medida começou a valer ontem
Decisão, válida até o dia 26 de fevereiro, amplia a operação de 23h para 1h; objetivo é reduzir os atrasos nos pousos e decolagens
AFRA BALAZINA
DA REPORTAGEM LOCAL
O funcionamento do aeroporto de Congonhas foi estendido em duas horas até o dia 26
de fevereiro. O objetivo é minimizar os atrasos nas operações
de pouso e decolagem no período do Carnaval.
Serão permitidas partidas e
chegadas de aeronaves até a 1h
-o fechamento do aeroporto
ocorria antes às 23h.
Os passageiros do aeroporto
mais movimentado do país têm
sofrido constantemente com
atrasos. O mau estado de conservação da pista, que precisa
de reforma e melhoria no sistema de drenagem, obriga a Infraero (estatal que administra
os aeroportos) a suspender os
pousos e decolagens sempre
que há chuva.
A pista principal de Congonhas, seguindo determinação
da Justiça e da Aeronáutica, é
fechada quando a lâmina de
água no local supera os 3 mm,
para evitar aquaplanagem.
Para piorar a situação do aeroporto no feriado, há, ainda,
rumores de uma operação-padrão radicalizada no Carnaval.
A portaria da Anac com o novo horário foi publicada ontem
no "Diário Oficial da União".
A mudança considera o fato
de o aeroporto de Congonhas
ser responsável por 12% dos
vôos do movimento aéreo nacional e 16% dos passageiros
usuários da aviação civil brasileira. A ampliação do horário de
funcionamento, portanto, otimizaria o tráfego aéreo nas diversas regiões do país.
A medida não agradou aos
moradores da região do aeroporto, que sofrem com o barulho dos aviões. "Gostaria que a
senhora Denise [da Anac] passasse uma noite em casa para
sentir o problema", diz Lígia
Horta, presidente da Associação dos Moradores de Moema.
Ela afirma que, na prática, o
horário de funcionamento do
aeroporto já não vem sendo
respeitado. Na sexta passada, o
último pouso foi à 1h16 -para
compensar o tempo em que a
pista principal ficou fechada na
quinta, devido às chuvas.
Críticas
O governador de São Paulo,
José Serra (PSDB), criticou ontem o governo Lula pela demora em reformar a pista de Congonhas. Ele disse que o Estado,
se pudesse, interviria para solucionar o problema.
"Porque não se justifica, por
exemplo, essas obras na pista:
isso já se falava há um ano e
meio, e acabou não se fazendo.
Eles fazem obras, obras, obras,
e não se fazem o essencial, que é
a qualidade da pista."
Segundo Serra, "o sistema
aéreo brasileiro está funcionando num regime de pane".
O Planalto e a Infraero não
comentaram o assunto.
Colaborou ROGÉRIO PAGNAN , da Reportagem
Local
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