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Ministério Público Federal quer punir faculdade por trote
DO "AGORA"
O Ministério Público Federal
em São Paulo quer punir faculdades pelos abusos em trotes. O
procurador Jefferson Aparecido Dias diz que órgão tem de
acompanhar a conduta das instituições e punir as que são coniventes -por ação ou omissão- com os constrangimentos
sofrido pelos calouros.
"Elas [faculdades] se defendem dizendo que consta proibição [aos trotes] no regimento
interno. Mas não me parece
que isso é o suficiente."
Dias afirma que deve adotar
medidas que vão desde uma recomendação de ajustes para a
faculdade até a abertura de
uma ação civil pública contra as
entidades. "As faculdades têm
um ano inteiro para se preparar
[para a chegada dos novos alunos]. Mas todo ano temos que
conviver com essas cenas."
De acordo com o procurador,
além das ações civis, a faculdade pode ser punida criminalmente por crimes praticados
por alunos veteranos. Mas, segundo o procurador, a competência nesses casos é do Ministério Público Estadual.
Mesma conduta
Dias acompanha caso ocorrido ontem em Catanduva (385
km de SP), onde cerca de 15 alunos tiveram de se despir em um
viaduto. Ninguém se feriu, mas
fotos foram parar na internet.
Ele diz que vai contatar os
procuradores de Leme (189 km
de SP) e Santa Fé do Sul (625
km de SP), que registraram trotes violentos, para que adotem
a mesma conduta.
O coordenador da Faculdade
de Medicina de Catanduva, José Alves de Freitas, disse que,
em 2008, 13 alunos foram suspensos por uma semana após
aplicar trotes em calouros. Ele
afirma que, neste ano, os alunos ligados ao trote de ontem
serão "desligados" da instituição. "Falamos para eles [calouros] irem para casa, porque havia gente [veteranos] querendo
jogar farinha neles", conta.
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