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"Polícia foi perfeita", diz pai de Anderson, menino que ficou sob fogo cruzado no RJ
DA SUCURSAL DO RIO
A troca de tiros entre policiais e bandidos com um menino de 8 anos na linha de fogo, na
noite de sábado, em Irajá (zona
norte do Rio), recebeu o apoio
do pai do próprio garoto. Na
ação, apenas os bandidos foram
baleados -um deles morreu.
O casal de namorados Carlos
Augusto Eugênio da Silva, 50, e
Sandra Ramos da Silva, 47, voltava de uma festa com Anderson, filho de Carlos, que dormia
no banco de trás do carro,
quando cinco homens anunciaram um assalto.
O menino permaneceu deitado enquanto os pais saíram do
veículo. A polícia chegou e começou a troca de tiros. Com o
barulho, Anderson acordou,
conseguiu sair do carro e fugiu
para atrás de um poste.
"Quando viram o meu filho
sair, os policiais pararam de atirar. Estão de parabéns" afirmou Carlos. "Evitaram o roubo
do carro, que é o de menos, e
não deixaram nem eu nem meu
filho nem minha namorada feridos. Só os bandidos. A atuação
da polícia foi perfeita."
Segundo o comandante-geral da Polícia Militar, Ubiratan
Ângelo, os PMs só começaram
a atirar quando viram todos os
ocupantes do carro longe dos
bandidos. "Razão pela qual foram vitimados apenas os bandidos", disse.
Sem direito de achar
Questionado pela reportagem se não achava que a criança tinha corrido risco, Ângelo
respondeu: "Como profissional
de segurança pública, não tenho direito de achar. Tenho
certeza de que não".
O secretário de Segurança
Pública, José Mariano Beltrame, afirmou que "ontem [anteontem] nós ganhamos o jogo,
mas amanhã ou depois nós podemos perder". "Não vou elogiar a polícia porque ela cumpriu a sua obrigação", afirmou.
(ITALO NOGUEIRA)
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