São Paulo, terça-feira, 13 de março de 2007

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"Polícia foi perfeita", diz pai de Anderson, menino que ficou sob fogo cruzado no RJ

DA SUCURSAL DO RIO

A troca de tiros entre policiais e bandidos com um menino de 8 anos na linha de fogo, na noite de sábado, em Irajá (zona norte do Rio), recebeu o apoio do pai do próprio garoto. Na ação, apenas os bandidos foram baleados -um deles morreu.
O casal de namorados Carlos Augusto Eugênio da Silva, 50, e Sandra Ramos da Silva, 47, voltava de uma festa com Anderson, filho de Carlos, que dormia no banco de trás do carro, quando cinco homens anunciaram um assalto.
O menino permaneceu deitado enquanto os pais saíram do veículo. A polícia chegou e começou a troca de tiros. Com o barulho, Anderson acordou, conseguiu sair do carro e fugiu para atrás de um poste.
"Quando viram o meu filho sair, os policiais pararam de atirar. Estão de parabéns" afirmou Carlos. "Evitaram o roubo do carro, que é o de menos, e não deixaram nem eu nem meu filho nem minha namorada feridos. Só os bandidos. A atuação da polícia foi perfeita."
Segundo o comandante-geral da Polícia Militar, Ubiratan Ângelo, os PMs só começaram a atirar quando viram todos os ocupantes do carro longe dos bandidos. "Razão pela qual foram vitimados apenas os bandidos", disse.

Sem direito de achar
Questionado pela reportagem se não achava que a criança tinha corrido risco, Ângelo respondeu: "Como profissional de segurança pública, não tenho direito de achar. Tenho certeza de que não".
O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, afirmou que "ontem [anteontem] nós ganhamos o jogo, mas amanhã ou depois nós podemos perder". "Não vou elogiar a polícia porque ela cumpriu a sua obrigação", afirmou. (ITALO NOGUEIRA)


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