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São Paulo, domingo, 13 de abril de 2003

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Preconceito cerca a Sars

DA REPORTAGEM LOCAL

A pneumonia asiática, assim como outras doenças emergentes, também foi cercada por preconceitos e desinformação. Há quem pense que ela mate na maioria dos casos, o que não é verdade.
"Não é que a letalidade da doença seja negligenciável. Mas a maioria das mortes no mundo é de pessoas idosas ou que já tinham doenças pulmonares ou cardíacas", afirma Carlos Magno Fortaleza, diretor do CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) do Estado de São Paulo.
Até sexta-feira passada, a Organização Mundial da Saúde registrava 116 mortes em 2.890 casos, uma letalidade de 4%, portanto. Entre os vários tipos de pneumonia já conhecidos, a letalidade varia muito -de menos de 1% dos casos, em pessoas saudáveis, a cerca de 50% (em idosos ou pacientes com outras doenças).
O "epicentro" da pneumonia asiática foi a província chinesa de Guangdong, de onde a doença começou a se espalhar a partir de novembro do ano passado. Há fortes evidências de que o causador da doença seja um coronavírus e de que sua transmissão ocorra por contato com gotículas de saliva ou secreções nasais do infectado. É recomendável não viajar para os quatro países em que há transmissão da doença (China, Canadá, Cingapura e Vietnã). No Brasil, até sexta, havia um caso suspeito e um provável registrados.
Não há ainda como confirmar os casos porque não há certeza sobre a causa da doença. E também há dificuldades para isolar seu agente causador.
(FABIANE LEITE)



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