São Paulo, quinta-feira, 13 de maio de 2004

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SAÚDE

Secretaria admite que funcionários de 25 hospitais já aderiram ao movimento; médicos do HC decidem amanhã se vão parar

No terceiro dia, aumenta adesão de servidores à greve

DO "AGORA"
DAS REGIONAIS

A greve dos servidores públicos estaduais da saúde ganhou mais força em seu terceiro dia. Ontem, em nota oficial, a Secretaria Estadual da Saúde admitiu que já são 25 os hospitais que tiveram o atendimento prejudicado por conta da paralisação.
O número é o mesmo que o SindSaúde (Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo) informa desde segunda-feira, quando os hospitais pararam.
No primeiro dia, a secretaria informou que apenas oito das unidades haviam aderido à greve. Anteontem, o número fornecido foi de 12 hospitais estaduais.
O sindicato atua em 47 hospitais do Estado, não administrados por entidades privadas. A greve é parcial, pois todos os funcionários trabalham para atender apenas os casos de urgência.
A marcação de consultas e as atividades dos ambulatórios permanecem paradas. Para voltar a trabalhar, os servidores exigem aumento de 30% no salário, jornada de 30 horas semanais e contratação de mais funcionários via concurso público.
A Secretaria da Saúde alega que não será possível atender a nenhuma das exigências do sindicato, pois o limite de gastos da Lei de Responsabilidade Fiscal (48,01% do Orçamento) já foi atingido. Quanto à redução da jornada para 30 horas semanais, a pasta alega que é inviável, pois "prejudicaria a população".
Na nota, diz também que, em conjunto com a Secretaria de Estado da Casa Civil, negocia com o sindicato da categoria desde 2003.
Médicos do HC (Hospital das Clínicas), um dos mais importantes de São Paulo, deverão decidir amanhã se entrarão em greve também. No mesmo dia, estão previstas manifestações organizadas pelo sindicato dos servidores.
A próxima assembléia da categoria ocorre no próximo dia 21, em local a ser definido.

Arrastão
O Sindsaúde começou ontem, na região de Ribeirão Preto (314 km de São Paulo), uma série de arrastões para atrair mais servidores para a paralisação.
O movimento deu resultado no Hospital das Clínicas de Ribeirão, onde, de acordo com o comando de greve, a adesão subiu de 50% para 70% ontem.
A greve dos servidores em Ribeirão Preto atinge também funcionários do Núcleo de Gestão Assistencial (NGA) e da Sucen. Unidades em Américo Brasiliense, Araraquara e São Carlos também pararam parcialmente.


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