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SAÚDE
Secretaria admite que funcionários de 25 hospitais já aderiram ao movimento; médicos do HC decidem amanhã se vão parar
No terceiro dia, aumenta adesão de servidores à greve
DO "AGORA"
DAS REGIONAIS
A greve dos servidores públicos
estaduais da saúde ganhou mais
força em seu terceiro dia. Ontem,
em nota oficial, a Secretaria Estadual da Saúde admitiu que já são
25 os hospitais que tiveram o
atendimento prejudicado por
conta da paralisação.
O número é o mesmo que o
SindSaúde (Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo) informa desde
segunda-feira, quando os hospitais pararam.
No primeiro dia, a secretaria informou que apenas oito das unidades haviam aderido à greve.
Anteontem, o número fornecido
foi de 12 hospitais estaduais.
O sindicato atua em 47 hospitais
do Estado, não administrados por
entidades privadas. A greve é parcial, pois todos os funcionários
trabalham para atender apenas os
casos de urgência.
A marcação de consultas e as
atividades dos ambulatórios permanecem paradas. Para voltar a
trabalhar, os servidores exigem
aumento de 30% no salário, jornada de 30 horas semanais e contratação de mais funcionários via
concurso público.
A Secretaria da Saúde alega que
não será possível atender a nenhuma das exigências do sindicato, pois o limite de gastos da Lei de
Responsabilidade Fiscal (48,01%
do Orçamento) já foi atingido.
Quanto à redução da jornada para 30 horas semanais, a pasta alega que é inviável, pois "prejudicaria a população".
Na nota, diz também que, em
conjunto com a Secretaria de Estado da Casa Civil, negocia com o
sindicato da categoria desde 2003.
Médicos do HC (Hospital das
Clínicas), um dos mais importantes de São Paulo, deverão decidir
amanhã se entrarão em greve
também. No mesmo dia, estão
previstas manifestações organizadas pelo sindicato dos servidores.
A próxima assembléia da categoria ocorre no próximo dia 21,
em local a ser definido.
Arrastão
O Sindsaúde começou ontem,
na região de Ribeirão Preto (314
km de São Paulo), uma série de
arrastões para atrair mais servidores para a paralisação.
O movimento deu resultado no
Hospital das Clínicas de Ribeirão,
onde, de acordo com o comando
de greve, a adesão subiu de 50%
para 70% ontem.
A greve dos servidores em Ribeirão Preto atinge também funcionários do Núcleo de Gestão
Assistencial (NGA) e da Sucen.
Unidades em Américo Brasiliense, Araraquara e São Carlos também pararam parcialmente.
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