São Paulo, domingo, 13 de maio de 2007

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"Conversa demonstra prudência"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O advogado de Joe Lepore e Jan Paladino no Brasil, Theo Dias, disse que a discussão na cabine sobre cálculos de peso e a escala em Manaus é uma demonstração de "prudência e responsabilidade" dos dois pilotos porque eles aproveitaram a normalidade do vôo para planejar o próximo. Também afirmou que o uso de laptops na cabine é "absolutamente normal".
Dias afirmou que o treinamento dos pilotos para aeronaves da linha Embraer-145, feito um mês antes do vôo, não implica falta de familiaridade com o jato. "Eles foram devidamente treinados, certificados e autorizados, conforme dita a lei."
"Não houve nenhuma falha no uso de equipamentos que pode ser associada a despreparo ou desconhecimento da aeronave", disse Dias.
A reportagem não obteve resposta da assessoria de imprensa da academia FlightSafety nos Estados Unidos. E a Embraer não respondeu à série de questionamentos sobre o avião e o treinamento fornecido aos pilotos, inclusive pelos pilotos e engenheiros da empresa em São José dos Campos. "Não vamos comentar", informou.
Para Theo Dias, os pilotos estão sendo usados como bode expiatório do acidente. "Escolheram os pilotos americanos como bode expiatório. É a pizza perfeita para o processo", disse, em referência às conclusões da Polícia Federal, que indiciou apenas Lepore e Paladino.
No caso dos controladores, a PF avaliou que não poderia indiciar militares. As falhas do controle de vôo fazem parte da investigação do acidente, prevista para ser concluída até o fim deste ano.
Segundo o advogado, não houve indicação de falha de transponder para os pilotos e não havia razão para suspeitar de falha de comunicação porque estavam ouvindo no vôo falas em português no rádio.


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