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Fazer pouso em Manaus foi a 1ª preocupação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os norte-americanos saíram
de São José dos Campos rumo
aos EUA e fariam uma escala
em Manaus. A questão do pouso na cidade surge por volta das
15h43, e o assunto é retomado
de forma mais intensa pelos pilotos às 15h54.
"Conseguiremos, seremos
capazes de pousar lá", diz o piloto Joe Lepore às 15h54.
"Vamos somente nos preocupar com a decolagem primeiro. Quero dizer, vamos ver se
vamos conseguir fazer uma decolagem, já que vamos estar lá
mesmo", diz o comandante.
O co-piloto Jan Paladino responde: "Precisa pousar primeiro". Daí os pilotos iniciam os
cálculos de peso e comentam
não conhecer "as máximas".
"Eu preciso memorizar essas
máximas", diz Paladino. "Precisamos fazer uma cola para nós,
sabe", responde Lepore. Neste
exato minuto, 16h02, o transponder fica inoperante -não
há indicação de que isso é percebido nas falas.
Pouco depois, Lepore diz:
"Ei, nós vamos fazer o que for
preciso. Precisamos sair do
chão, certo?". Ao que o co-piloto diz algo sobre "ter segurança" num "país estrangeiro no
meio da porra da Amazônia".
Dez minutos mais tarde, em
tom mais descontraído, o piloto
diz: "Podemos fazer o pouso,
sem problema. Só precisamos
pegar uma coisa. Nada como
dar umas batidas no maldito
avião no seu primeiro vôo".
O co-piloto brinca: "É. Você
vai ficar preso numa porra de
lugar no meio da Amazônia,
desconhecida e bela".
A preocupação com a escala
em Manaus pode ter sido causada por um problema na decolagem de São José.
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