São Paulo, domingo, 13 de maio de 2007

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Fazer pouso em Manaus foi a 1ª preocupação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os norte-americanos saíram de São José dos Campos rumo aos EUA e fariam uma escala em Manaus. A questão do pouso na cidade surge por volta das 15h43, e o assunto é retomado de forma mais intensa pelos pilotos às 15h54.
"Conseguiremos, seremos capazes de pousar lá", diz o piloto Joe Lepore às 15h54.
"Vamos somente nos preocupar com a decolagem primeiro. Quero dizer, vamos ver se vamos conseguir fazer uma decolagem, já que vamos estar lá mesmo", diz o comandante.
O co-piloto Jan Paladino responde: "Precisa pousar primeiro". Daí os pilotos iniciam os cálculos de peso e comentam não conhecer "as máximas". "Eu preciso memorizar essas máximas", diz Paladino. "Precisamos fazer uma cola para nós, sabe", responde Lepore. Neste exato minuto, 16h02, o transponder fica inoperante -não há indicação de que isso é percebido nas falas.
Pouco depois, Lepore diz: "Ei, nós vamos fazer o que for preciso. Precisamos sair do chão, certo?". Ao que o co-piloto diz algo sobre "ter segurança" num "país estrangeiro no meio da porra da Amazônia".
Dez minutos mais tarde, em tom mais descontraído, o piloto diz: "Podemos fazer o pouso, sem problema. Só precisamos pegar uma coisa. Nada como dar umas batidas no maldito avião no seu primeiro vôo".
O co-piloto brinca: "É. Você vai ficar preso numa porra de lugar no meio da Amazônia, desconhecida e bela".
A preocupação com a escala em Manaus pode ter sido causada por um problema na decolagem de São José.


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