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Justiça arquiva processo contra fundador do Ação Criança
Empresário era acusado
de espionar adolescente
DA REPORTAGEM LOCAL
A Justiça de São Paulo arquivou a investigação criminal
contra o empresário Carlos
Eduardo Calfat Salem, 68, criador da Fundação Ação Criança,
a respeito de alegados crimes
sexuais.
Ele foi acusado por uma garota de 15 anos, neta de uma
amiga de família, de ter colocado, em 2002, microcâmeras no
quarto e no banheiro de sua casa para espioná-la. Salem hospedava a garota em sua casa, na
cidade de SP, havia seis meses.
As câmeras foram achadas
pela garota, que chamou a polícia. Os policiais descobriram
que as câmeras estavam ligadas
e as imagens eram vistas numa
TV no quarto de Salem.
O empresário negou à polícia
ter utilizado as câmeras com
objetivos sexuais. Disse que havia instalado os equipamentos
havia cerca de dez anos porque,
na época, desconfiava que a babá agredisse seu filho.
O sistema de câmeras, segundo ele, estava desligado.
O arquivamento foi determinado pela Justiça, em março de
2003, a pedido do Ministério
Público Estadual.
Segundo o promotor Valter
Kenji Ishida, Salem instalou as
câmeras nos "aposentos da adolescente que acolheu em seu lar,
violando sua intimidade e vida
privada, sendo inegável que teve
tal acesso". Mas, diz, não há previsão legal para punir esse tipo
de comportamento.
Salem afirmou à Folha que a
divulgação do caso lhe causou
muitos aborrecimentos e "prejuízos imensos de ordem moral
irreparáveis". "Mas o tempo
me fez perdoar essa moça e a
sua família", afirmou.
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