São Paulo, quinta-feira, 13 de maio de 2010

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Justiça arquiva processo contra fundador do Ação Criança

Empresário era acusado de espionar adolescente

DA REPORTAGEM LOCAL

A Justiça de São Paulo arquivou a investigação criminal contra o empresário Carlos Eduardo Calfat Salem, 68, criador da Fundação Ação Criança, a respeito de alegados crimes sexuais.
Ele foi acusado por uma garota de 15 anos, neta de uma amiga de família, de ter colocado, em 2002, microcâmeras no quarto e no banheiro de sua casa para espioná-la. Salem hospedava a garota em sua casa, na cidade de SP, havia seis meses.
As câmeras foram achadas pela garota, que chamou a polícia. Os policiais descobriram que as câmeras estavam ligadas e as imagens eram vistas numa TV no quarto de Salem.
O empresário negou à polícia ter utilizado as câmeras com objetivos sexuais. Disse que havia instalado os equipamentos havia cerca de dez anos porque, na época, desconfiava que a babá agredisse seu filho.
O sistema de câmeras, segundo ele, estava desligado.
O arquivamento foi determinado pela Justiça, em março de 2003, a pedido do Ministério Público Estadual.
Segundo o promotor Valter Kenji Ishida, Salem instalou as câmeras nos "aposentos da adolescente que acolheu em seu lar, violando sua intimidade e vida privada, sendo inegável que teve tal acesso". Mas, diz, não há previsão legal para punir esse tipo de comportamento.
Salem afirmou à Folha que a divulgação do caso lhe causou muitos aborrecimentos e "prejuízos imensos de ordem moral irreparáveis". "Mas o tempo me fez perdoar essa moça e a sua família", afirmou.


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