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Polícia apreende arma que destrói blindados
Lança-rojão seguia para a favela da Rocinha, na zona sul do Rio, segundo depoimento das duas pessoas presas em flagrante
Armamento foi usado na
guerra das Malvinas, em
1982, segundo investigação
da Polícia Federal; material
saiu de Mato Grosso do Sul
MÁRCIA BRASIL
DA SUCURSAL DO RIO
Operação das polícias Federal e Civil e da Força Nacional
de Segurança apreendeu anteontem um lança-rojão que,
segundo a polícia, destrói carros e, dependendo da distância,
até veículos blindados.
O armamento tinha como
destino a favela da Rocinha, em
São Conrado, zona sul do Rio,
segundo afirmaram em depoimento as duas pessoas presas
transportando o lança-rojão.
De acordo com investigações
da PF, o lança-rojão, de fabricação americana, foi usado na
guerra das ilhas Malvinas (conflito armado entre a Argentina
e a Inglaterra, em 1982, pela
posse do arquipélago) e teria sido desviado de quartéis da Argentina ou do Paraguai.
Além do lança-rojão, foram
apreendidas duas pistolas e
cerca de 800 balas para fuzis de
calibres 762 e 556. O material
estava em um carro na rodovia
Rio-Santos, na altura de Itaguaí, Baixada Fluminense.
O armamento saiu de Mato
Grosso do Sul. As duas pessoas
que estavam no veículo, entre
elas uma adolescente grávida,
foram presas em flagrante.
O lança-rojão foi avaliado pelos policiais em US$ 4.500 (R$
8.730). Em depoimento à Polícia Federal, o motorista do carro, Maicon Henrique do Nascimento, 19, declarou que receberia R$ 3.000 para transportar as armas. Já a adolescente
de 16 anos que o acompanhava,
grávida de quatro meses, afirmou que aceitou participar da
viagem por R$ 1.000.
Segundo o casal, o local de
entrega só seria definido depois
que a dupla recebesse ligação
da pessoa responsável pelo recebimento do armamento.
Nascimento disse que saiu
com o armamento de Vila Nova, no município de Mundo Novo (MS), onde mora. Declarou o
Paraguai como origem das armas e da munição.
As investigações da PF apontam que a origem das armas é a
cidade de Pedro Juan Caballero, no Paraguai.
Na operação para interceptar
o carregamento das armas, foram montadas três barreiras
policiais, com a participação de
60 homens.
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