São Paulo, quarta-feira, 13 de junho de 2007

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Polícia apreende arma que destrói blindados

Lança-rojão seguia para a favela da Rocinha, na zona sul do Rio, segundo depoimento das duas pessoas presas em flagrante

Armamento foi usado na guerra das Malvinas, em 1982, segundo investigação da Polícia Federal; material saiu de Mato Grosso do Sul

MÁRCIA BRASIL
DA SUCURSAL DO RIO

Operação das polícias Federal e Civil e da Força Nacional de Segurança apreendeu anteontem um lança-rojão que, segundo a polícia, destrói carros e, dependendo da distância, até veículos blindados.
O armamento tinha como destino a favela da Rocinha, em São Conrado, zona sul do Rio, segundo afirmaram em depoimento as duas pessoas presas transportando o lança-rojão.
De acordo com investigações da PF, o lança-rojão, de fabricação americana, foi usado na guerra das ilhas Malvinas (conflito armado entre a Argentina e a Inglaterra, em 1982, pela posse do arquipélago) e teria sido desviado de quartéis da Argentina ou do Paraguai.
Além do lança-rojão, foram apreendidas duas pistolas e cerca de 800 balas para fuzis de calibres 762 e 556. O material estava em um carro na rodovia Rio-Santos, na altura de Itaguaí, Baixada Fluminense.
O armamento saiu de Mato Grosso do Sul. As duas pessoas que estavam no veículo, entre elas uma adolescente grávida, foram presas em flagrante.
O lança-rojão foi avaliado pelos policiais em US$ 4.500 (R$ 8.730). Em depoimento à Polícia Federal, o motorista do carro, Maicon Henrique do Nascimento, 19, declarou que receberia R$ 3.000 para transportar as armas. Já a adolescente de 16 anos que o acompanhava, grávida de quatro meses, afirmou que aceitou participar da viagem por R$ 1.000.
Segundo o casal, o local de entrega só seria definido depois que a dupla recebesse ligação da pessoa responsável pelo recebimento do armamento.
Nascimento disse que saiu com o armamento de Vila Nova, no município de Mundo Novo (MS), onde mora. Declarou o Paraguai como origem das armas e da munição.
As investigações da PF apontam que a origem das armas é a cidade de Pedro Juan Caballero, no Paraguai.
Na operação para interceptar o carregamento das armas, foram montadas três barreiras policiais, com a participação de 60 homens.


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