São Paulo, sexta-feira, 13 de junho de 2008

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Polícia não sabe investigar crime contra bem cultural, diz Iphan

DA REPORTAGEM LOCAL

"É preciso debelar quem encomenda esse negócio. Não pode só encontrar [as obras], é muito pouco", afirma José Nascimento Jr., diretor de museus do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional), ligado ao MinC.
"O processo de investigação vai até a quem rouba, não a quem encomenda. Todos os casos recentes têm esse limite."
Para o diretor do Iphan, há "com certeza" quadrilhas especializadas em crimes contra bens culturais no país. "É o terceiro tráfico internacional. Só perde para drogas e armas", diz. "E as polícias estaduais não se especializam no assunto."
Para ele, a estrutura de segurança das instituições está se "qualificando". "A segurança da Pinacoteca era compatível com seu acervo. Há uma discussão sobre se era armada ou não-armada. Mas vão trocar tiros com os bandidos dentro do museu?"
A segurança de museus ligados ao Iphan foi reforçada, de acordo com Nascimento.
Outras instituições puderam participar de um "edital de modernização", no qual eram aceitas também propostas de melhorias na segurança.
A verba de pouco mais de R$ 2 milhões deve ser repassada a 37 projetos aprovados até 5 de julho, conforme a Lei Eleitoral. O Iphan não soube informar quanto e quais museus destinariam verba à segurança, já que o edital não era específico para isso. Há apenas dois projetos no Estado: o Museu Histórico e Pedagógico de Garça receberá R$ 21 mil; e o Instituto Pau-Brasil de História Natural, de Arujá, R$ 46 mil. (TEREZA NOVAES)


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