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Polícia não sabe investigar crime contra bem cultural, diz Iphan
DA REPORTAGEM LOCAL
"É preciso debelar quem encomenda esse negócio. Não pode só encontrar [as obras], é
muito pouco", afirma José Nascimento Jr., diretor de museus
do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional), ligado ao MinC.
"O processo de investigação
vai até a quem rouba, não a
quem encomenda. Todos os casos recentes têm esse limite."
Para o diretor do Iphan, há
"com certeza" quadrilhas especializadas em crimes contra
bens culturais no país. "É o terceiro tráfico internacional. Só
perde para drogas e armas", diz.
"E as polícias estaduais não se
especializam no assunto."
Para ele, a estrutura de segurança das instituições está se
"qualificando". "A segurança da
Pinacoteca era compatível com
seu acervo. Há uma discussão
sobre se era armada ou não-armada. Mas vão trocar tiros com
os bandidos dentro do museu?"
A segurança de museus ligados ao Iphan foi reforçada, de
acordo com Nascimento.
Outras instituições puderam
participar de um "edital de modernização", no qual eram aceitas também propostas de melhorias na segurança.
A verba de pouco mais de R$
2 milhões deve ser repassada a
37 projetos aprovados até 5 de
julho, conforme a Lei Eleitoral.
O Iphan não soube informar
quanto e quais museus destinariam verba à segurança, já que o
edital não era específico para
isso. Há apenas dois projetos
no Estado: o Museu Histórico e
Pedagógico de Garça receberá
R$ 21 mil; e o Instituto Pau-Brasil de História Natural, de
Arujá, R$ 46 mil.
(TEREZA NOVAES)
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