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Ozônio parece problema irreversível
DA REPORTAGEM LOCAL
Nenhum dos nove cenários futuros previstos na pesquisa "Estratégias Ambientais Integradas"
oferece solução para o principal
poluente do ar da Grande São
Paulo: o ozônio (O3). Em 2003, ele
ultrapassou o nível considerado
saudável em um a cada cinco dias.
O O3 é formado por uma reação
entre óxidos de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis (ambos
produzidos na queima de combustível) em presença de luz solar.
Nas simulações dos efeitos das
políticas públicas viáveis no médio prazo sobre as emissões totais,
nenhuma delas conseguiu reduzir
as concentrações dos precursores
do ozônio abaixo do que se registrava em 2000 -diferentemente
do que ocorreu com os demais
poluentes.
"O ozônio ainda é um mistério
para nós", diz Flavio Cotrim Pinheiro, coordenador do estudo. A
única possível saída proposta até
agora para o problema, mudanças na formulação da gasolina, foi
enviada em 2003 pela Cetesb à
ANP (Agência Nacional do Petróleo), onde está sendo avaliada.
Das quatro medidas recomendadas pela equipe de Pinheiro para evitar mortes, internações e
custos advindos da poluição atmosférica, apenas a inspeção veicular tem previsão de ser totalmente colocada em prática. Ela
deve começar em janeiro de 2005
na cidade de São Paulo, sob responsabilidade da prefeitura. Já
tem contrato e esquema definido.
No resto do país, a previsão é
que comece também no próximo
ano, mas ainda falta ser lançada
uma licitação nacional.
(MV)
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