|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MEDICINA PRIVADA
Mensalidade deve ser cobrada com 11,7% de aumento, como ordenou Justiça, independentemente do valor do boleto
Banco deve recalcular reajuste dos planos
DO "AGORA"
A Justiça Federal obrigou o
Banco Central a informar os bancos comerciais que os boletos de
cobrança de mensalidades de planos de saúde antigos (assinados
até 31 de dezembro de 1998) deverão ser aceitos com o reajuste correto -ou seja, de até 11,69%. O
usuário que receber o boleto com
o valor antigo poderá recalcular o
índice direto na agência bancária.
A decisão é do desembargador
Marcelo Navarro, do TRF (Tribunal regional Federal) da 5ª Região.
O reajuste de 11,69% para os
planos antigos foi mantido nesta
semana pela Justiça. Esse índice é
o mesmo concedido pela ANS
(Agência Nacional de Saúde) para
os contratos assinados a partir de
1999, quando começou a vigorar a
atual legislação. Para os planos
anteriores a essa data, a ANS havia autorizado reajustes anuais de
25,8% a 26,1% à Bradesco Saúde e
à SulAmérica, respectivamente.
Os índices negociados com as
operadoras para os contratos antigos têm ficado acima de 19%
-eles incluem, além do aumento
anual, a variação dos custos médicos hospitalares que as operadoras tinham deixado de cobrar. A
decisão da Justiça unificou o teto.
Como a briga pelo reajuste na
Justiça já dura mais de um mês,
muitos usuários haviam recebido
carnês com outro reajuste. Alguns
bancos pesquisados pela reportagem não estavam aceitando o pagamento da mensalidade por um
valor menor que o do boleto emitido pela operadora de saúde.
Segundo a ANS, 46% dos 39 milhões de usuários de planos de
saúde têm contratos antigos.
Devolução
As quatro operadoras -Bradesco Saúde, Amil, SulAmérica e
Golden Cross- já informaram
nesta semana que vão devolver o
dinheiro pago a mais aos usuários
que quitaram as mensalidades
com reajuste superior a 11,69%.
A Amil divulgou que vai enviar
a seus clientes cartas solicitando
dados bancários para fazer o
reembolso. As outras três operadoras afirmaram que pediram
orientações à ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) sobre como fazer a restituição.
Na próxima semana, acaba o
prazo para a agência recorrer da
decisão da Justiça Federal, que limitou o reajuste dos planos antigos. A ANS deverá recorrer da decisão ao Superior Tribunal de Justiça até sexta-feira.
Colaborou a Redação
Texto Anterior: Estado investiga desvio de conta que recebe salários de presos no interior Próximo Texto: Saúde: Sobe em SP mortalidade por câncer de próstata Índice
|