São Paulo, quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Entrevista

"Queria o amor do meu pai", diz publicitária

DO "AGORA"

Sete anos após o crime, oito operações plásticas depois e quilômetros distante de São Paulo, Renata Archilla parece ter reconstruído sua vida.
A seguir, os principais trechos da entrevista:

 

PERGUNTA - Como você encara as prisões?
RENATA ARCHILLA
- Eu confio na Justiça, estou aliviada. Mas ainda tem muito chão para correr e o processo ainda não acabou.

PERGUNTA - Você desconfiava deles?
RENATA
- Seis meses antes do meu atentado, meu avô me ligou. Eles tinham acumulado pensões a pagar e haviam perdido um recurso e seriam obrigados a pagar. Recebi uma ameaça indireta do meu avô, que não entendi na hora.
Na época, ele disse que só recebe pensão quem está vivo.

PERGUNTA - Que relação você tinha com eles?
RENATA
- Eles acham que eu queria o dinheiro deles, porque são muito ricos.
Mas eu nunca liguei para esse dinheiro, queria fazer parte da família, queria o amor do meu pai.

PERGUNTA - E a pensão?
RENATA
- Abri mão da pensão que meu pai estava me pagando logo depois do atentado. Fiquei com medo e quis me afastar completamente deles. Só não abro mão dessa herança porque não posso.

PERGUNTA - Qual é o seu sentimento em relação a seu pai e a seu avô?
RENATA
- Não tenho raiva.
Eu tenho uma tristeza muito profunda.


Texto Anterior: Preso empresário acusado de mandar assassinar a filha
Próximo Texto: Outro lado: Advogado afirma que pai e filho acusados são inocentes
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.