São Paulo, quinta-feira, 13 de agosto de 2009

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Polícia Civil pretende remanejar 35 mil agentes

Redistribuição de policiais será baseada em estudos

AFONSO BENITES
DA REPORTAGEM LOCAL

A Delegacia Geral de Polícia Civil deve apresentar, em dois meses, um projeto para redistribuir parte dos 35 mil policiais do Estado de São Paulo.
Na prática, a Polícia Civil deve passar pela sua maior reformulação desde 1987, quando a Secretaria da Segurança Pública definiu quantos policiais atuariam em cada delegacia.
Resolução publicada ontem no "Diário Oficial do Estado" prevê que a redistribuição do efetivo será baseada em estudos que mostram que regiões podem remanejar policiais.
Por exemplo: se uma delegacia de 15 policiais investigaria os crimes com a mesma eficiência tendo dez, cinco deles seriam transferidos.
"Há cidades em que aumentou a população e que precisam de mais policiais; outras fecharam cadeias, e a gente pode remanejar policiais e carcereiros", diz o delegado-geral Domingos Paulo Neto.
Hoje, na capital, conforme a Folha mostrou, as 93 delegacias atendem em sistema compartilhado: um delegado é responsável por dois distritos, num plantão de 12 horas. No sistema "casadinha", parte das delegacias, sobretudo na periferia, fecha às 20h.
A mudança ainda levará em conta avanços tecnológicos. Desde 1991, última reformulação, dois instrumentos alteraram a atuação da polícia. Em 1999 foi implantado o Infocrim, sistema de mapeamento criminal; em 2000, a delegacia eletrônica, em que é possível registrar on-line crimes.
A Polícia Militar também passou recentemente por mudanças. Parte de seus 93 mil policiais foi realocada. A última foi em 2008, quando foram criados a Diretoria de Polícia Comunitária e Direitos Humanos, nove batalhões, grupamentos, bombeiros e outras 40 estruturas.


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