São Paulo, quinta-feira, 13 de agosto de 2009

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Congresso quer lote exclusivo de Tamiflu

Ministério negou pedido da Câmara e do Senado, que pretendiam evitar que parlamentares e servidores tivessem de ir a centros públicos

Deputado que coordena comitê de gripe da Câmara nega que a solicitação de 1.500 tratamentos tenha sido feita para beneficiar políticos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Para evitar que servidores e parlamentares tenham que se dirigir a centros públicos de saúde para ter acesso ao Tamiflu, medicamento usado no tratamento da gripe A (H1N1), a Câmara e o Senado pediram ao Ministério da Saúde que liberasse doses do remédio.
A solicitação foi negada pela pasta no início da noite de ontem. O objetivo é evitar uso indiscriminado da medicação e quebra do protocolo, segundo a assessoria do ministério.
O deputado Rafael Guerra (PSDB-MG), primeiro-secretário e coordenador do comitê de gripe da Câmara, negou que o pedido de 1.500 tratamentos tenha sido feito para beneficiar parlamentares. Segundo ele, o serviço médico da Casa atende pacientes de fora do Congresso.
"Somos públicos, prestamos um serviço público. É um contrassenso que a pessoa seja atendida aqui e tenha de enfrentar outra fila para pegar o medicamento." Guerra disse que estuda pedir o remédio ao governo do Distrito Federal.
O Tamiflu é repassado pelo governo federal aos Estados e ao DF, que decidem para onde encaminhá-lo.
A Câmara também decidiu dispensar do trabalho as servidoras grávidas, seguindo decisões tomadas em alguns Estados, como São Paulo. A medida valerá, a princípio, até o fim do mês e abrangerá 49 gestantes concursadas. Guerra diz que pedirá às empresas que prestam serviços à instituição que sigam a mesma orientação.
Essa linha também é estudada pelo Ministério do Planejamento, que poderia dispensar as gestantes do Executivo federal. A pasta disse aguardar orientação do Ministério da Saúde, que, por sua vez, nega haver orientação nacional para isso e diz que casos específicos devem ser discutidos com autoridades sanitárias locais.
O Senado informou que, por enquanto, não tomará decisão semelhante à da Câmara.


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