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Justiça adia decisão sobre pedido de benefício a Suzane
Julgamento foi suspenso após promotor pedir investigação sobre suposto twitter dela
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Justiça de São Paulo suspendeu ontem o julgamento do
pedido de progressão para o regime semiaberto -em que o
preso só passa a noite na prisão- de Suzane von Richthofen, atualmente cumprindo pena, de 38 anos, em Tremembé
(147 km de SP) por ter participado do assassinato dos pais,
em outubro de 2002.
A decisão foi adiada após o
Ministério Público ter pedido
que a Justiça investigue a possibilidade de Suzane ter acessado a internet na prisão -o que é
considerado caso grave e impediria a obtenção do benefício.
O promotor Paulo José de
Palma afirma que havia um
perfil no serviço de microblogs
Twitter atribuído a Suzane
-ele foi retirado do ar no dia
seguinte à denúncia dele.
O próprio promotor diz ter
dúvidas de que o perfil seja dela. A página tinha diversos erros de português e também de
informação.
Palma, porém, diz que o pedido foi feito por precaução, pois
Suzane já passou por uma situação parecida com esta.
Em 2006, uma diretora da
unidade de Rio Claro -onde
Suzane estava presa- permitia
que ela usasse computadores.
Por conta disso, a diretora foi
afastada de seu cargo, e a ex-estudante de direito, transferida
para Ribeirão Preto.
"Quem sofre com isso é a Suzane, que tem que continuar
presa até o resultado dessa investigação", diz o advogado dela, Denivaldo Barni Junior.
A Folha apurou que Suzane
receberá o benefício, já que foram dados pareceres favoráveis
ao pedido. Um laudo foi feito
por funcionários da prisão e
outro, com psiquiatras, psicólogos e assistente social. Apenas os psicólogos foram contra.
(RODRIGO RUSSO e ANDRÉ CARAMANTE)
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