São Paulo, quinta-feira, 13 de agosto de 2009

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Justiça adia decisão sobre pedido de benefício a Suzane

Julgamento foi suspenso após promotor pedir investigação sobre suposto twitter dela

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Justiça de São Paulo suspendeu ontem o julgamento do pedido de progressão para o regime semiaberto -em que o preso só passa a noite na prisão- de Suzane von Richthofen, atualmente cumprindo pena, de 38 anos, em Tremembé (147 km de SP) por ter participado do assassinato dos pais, em outubro de 2002.
A decisão foi adiada após o Ministério Público ter pedido que a Justiça investigue a possibilidade de Suzane ter acessado a internet na prisão -o que é considerado caso grave e impediria a obtenção do benefício.
O promotor Paulo José de Palma afirma que havia um perfil no serviço de microblogs Twitter atribuído a Suzane -ele foi retirado do ar no dia seguinte à denúncia dele.
O próprio promotor diz ter dúvidas de que o perfil seja dela. A página tinha diversos erros de português e também de informação.
Palma, porém, diz que o pedido foi feito por precaução, pois Suzane já passou por uma situação parecida com esta.
Em 2006, uma diretora da unidade de Rio Claro -onde Suzane estava presa- permitia que ela usasse computadores. Por conta disso, a diretora foi afastada de seu cargo, e a ex-estudante de direito, transferida para Ribeirão Preto.
"Quem sofre com isso é a Suzane, que tem que continuar presa até o resultado dessa investigação", diz o advogado dela, Denivaldo Barni Junior.
A Folha apurou que Suzane receberá o benefício, já que foram dados pareceres favoráveis ao pedido. Um laudo foi feito por funcionários da prisão e outro, com psiquiatras, psicólogos e assistente social. Apenas os psicólogos foram contra. (RODRIGO RUSSO e ANDRÉ CARAMANTE)


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