|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Baixa avaliação preocupa estudantes e gera pedidos de mobilização entre alunos
RACHEL COSTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A comunidade no site de relacionamentos Orkut pede a
mobilização dos alunos da Unig
(Universidade Iguaçu) de Itaperuna (RJ) e registra o desabafo: "Queremos um curso que
nos dê a oportunidade de competirmos de igual pra igual no
mercado de trabalho. Participe,
dê sua idéia pra mudar isso".
O manifesto virtual foi criado
na última terça, um dia após a
divulgação dos resultados do
IGC (Índice Geral de Cursos)
pelo Ministério da Educação.
"A universidade não tem uma
administração [adequada], o
que é uma pena, porque ela tem
uma infra-estrutura muito
boa", queixa-se o criador da comunidade e aluno do terceiro
período de Engenharia de Produção, Navarro Henriques.
Henriques avalia que a qualidade do ensino na Unig está
realmente baixa, que os alunos
estão desmobilizados e que a
posição ruim pelo MEC pode
comprometer o futuro profissional dele e de seus colegas.
A cerca de 3.000 km de Itaperuna, na cidade de Ananindeua
(PA), a situação da Unama
(Universidade da Amazônia),
também incomoda os alunos.
Na última semana -antes mesmo da divulgação dos dados do
MEC-, foi realizada uma assembléia geral dos estudantes,
com a participação da reitoria.
O presidente do DCE (Diretório Central dos Estudantes),
Denis Melo, explica que as
principais pautas levantadas
foram o congelamento das
mensalidades -que, segundo
ele, aumentaram acima da média da inflação nos últimos 12
anos- e mais investimento em
pesquisa e formação.
Ele diz que menos de 5% do
orçamento da instituição são
usados para pesquisa, extensão, biblioteca e capacitação
docente. A assessoria da Unama alega que o percentual é de
cerca de 10%, só para pesquisa.
Texto Anterior: Universidades reprovadas não são fiscalizadas desde 95 Próximo Texto: MEC admite demora e diz que irá corrigir problema Índice
|