São Paulo, sábado, 13 de setembro de 2008

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Baixa avaliação preocupa estudantes e gera pedidos de mobilização entre alunos

RACHEL COSTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A comunidade no site de relacionamentos Orkut pede a mobilização dos alunos da Unig (Universidade Iguaçu) de Itaperuna (RJ) e registra o desabafo: "Queremos um curso que nos dê a oportunidade de competirmos de igual pra igual no mercado de trabalho. Participe, dê sua idéia pra mudar isso".
O manifesto virtual foi criado na última terça, um dia após a divulgação dos resultados do IGC (Índice Geral de Cursos) pelo Ministério da Educação. "A universidade não tem uma administração [adequada], o que é uma pena, porque ela tem uma infra-estrutura muito boa", queixa-se o criador da comunidade e aluno do terceiro período de Engenharia de Produção, Navarro Henriques.
Henriques avalia que a qualidade do ensino na Unig está realmente baixa, que os alunos estão desmobilizados e que a posição ruim pelo MEC pode comprometer o futuro profissional dele e de seus colegas.
A cerca de 3.000 km de Itaperuna, na cidade de Ananindeua (PA), a situação da Unama (Universidade da Amazônia), também incomoda os alunos. Na última semana -antes mesmo da divulgação dos dados do MEC-, foi realizada uma assembléia geral dos estudantes, com a participação da reitoria.
O presidente do DCE (Diretório Central dos Estudantes), Denis Melo, explica que as principais pautas levantadas foram o congelamento das mensalidades -que, segundo ele, aumentaram acima da média da inflação nos últimos 12 anos- e mais investimento em pesquisa e formação.
Ele diz que menos de 5% do orçamento da instituição são usados para pesquisa, extensão, biblioteca e capacitação docente. A assessoria da Unama alega que o percentual é de cerca de 10%, só para pesquisa.


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