da Reportagem Local

Usar acessórios sadomasoquistas não quer dizer que a pessoa seja adepta da prática. Nos circuitos mais badalados de São Paulo, sair à noite de coleira pode ser só uma questão de estilo.
É esse o caso do estilista Caio Gobbi. Em seu armário há espaço para algemas, coleiras, chicotes e mordaça. Ele é um S&M de butique assumido. "Acho essas roupas bacanas, isso faz parte de uma linguagem moderna", conta Caio. Ele costuma sair à noite com roupas de couro e já chegou a ir a um clube usando uma mordaça.
As peças com referências sadomasoquistas estão presentes também nas coleções do estilista. "Já fiz muita coisa com couro e lingeries inspirado no sadomasoquismo." Seus acessórios são comprados em sex shops.
Segundo Caio, sua ligação com o sadomasoquismo é principalmente em relação à moda. "Sou mais atraído pela parte fashion do S&M, mas acho que todo mundo tem uma certa curiosidade", diz. "Gosto da figura do dominador, mas a minha ligação com isso é mais estética."
A promoter Helô Ricci, 27, é outra que se sente atraída pelo visual S&M. "Gosto de usar salto alto e coisas de couro, mas uso isso mais como uma fantasia." A principal qualidade da moda S&M, segundo ela, é ser muito sensual. "Você se sente sexy e passa essa imagem para as pessoas", diz. Apesar da aparência, Helô não quer saber de relações sadomasoquistas. "Não é a minha praia."
O produtor Cézar Fassina, 34, é tão atraído pela estética S&M que já organizou festas com o tema, no Clube B.A.S.E. . "Era uma coisa mais fashion, mas também tinha o lado das pessoas liberarem suas fantasias." Hoje, Cézar planeja voltar a realizar a festa em um ambiente menos exposto."Quero fazer uma festa em um ambiente menor e mais fechado." Segundo ele, "todo mundo no fundo gosta de uma brincadeirinha mais agressiva."
A produtora Flávia Ceccato, 30, diz que as roupas com estética sadomasoquista já estão incorporadas ao seu dia-a-dia. "São roupas que te dão poder."
(ALe)



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