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São Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 2003

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ABASTECIMENTO

Marcado para depois de amanhã, início de racionamento de água na Grande SP, entretanto, não deve ser adiado

Com chuvas, rodízio pode ser amenizado

PEDRO DIAS LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL

As chuvas dos últimos dias ainda não foram suficientes para adiar o racionamento de água previsto para começar depois de amanhã na Grande São Paulo, mas devem pelo menos amenizar a intensidade do rodízio.
A idéia inicial era que a população fosse dividida em dois grupos, com um esquema de 36 horas com água e 36 horas sem. O racionamento de água deverá afetar cerca de 440 mil moradores das cidades de Cotia, Embu, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra e Vargem Grande Paulista.

Reunião ontem
No final da tarde de ontem, o presidente da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Dalmo Nogueira, teve uma reunião com a área técnica da empresa para avaliar o impacto das últimas chuvas.
A princípio, não será possível adiar o racionamento de água na Grande São Paulo, mas somente hoje pela manhã a empresa terá uma avaliação completa. Como no final de semana os funcionários da Sabesp trabalham em esquema de plantão, não havia dados suficientes ontem para que fosse tomada uma decisão definitiva em relação à medida.
Mesmo sem todas as informações sobre o nível dos reservatórios, a avaliação ontem era que não será possível adiar o início do racionamento, a menos que o começo desta semana seja bastante chuvoso.
No entanto o rodízio pode ser amenizado, com períodos mais curtos de falta de água para a população, por exemplo.
Além da chuva dos últimos dias, a empresa disse ter detectado um "engajamento" da população no combate ao desperdício de água, o que contribuiu para a avaliação positiva de que o racionamento possa vir a ser amenizado.

Nível mais baixo da história
Na semana passada, o sistema Alto Cotia, que abastece a região onde deve haver racionamento, operava com apenas 7,6% de sua capacidade, o volume mais baixo desde a sua criação, em 1916.
Outro sistema, o Cantareira, que fornece água a 9 milhões de moradores da capital e da região metropolitana, também estava em uma situação delicada durante a semana passada.
Na quarta-feira, o nível dos reservatórios estava muito baixo -apenas 8,5% de sua capacidade. Em razão disso, não estava descartada uma ampliação do rodízio para a população abastecida pelo Cantareira.


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