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ABASTECIMENTO
Marcado para depois de amanhã, início de racionamento de água na Grande SP, entretanto, não deve ser adiado
Com chuvas, rodízio pode ser amenizado
PEDRO DIAS LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL
As chuvas dos últimos dias ainda não foram suficientes para
adiar o racionamento de água
previsto para começar depois de
amanhã na Grande São Paulo,
mas devem pelo menos amenizar
a intensidade do rodízio.
A idéia inicial era que a população fosse dividida em dois grupos,
com um esquema de 36 horas
com água e 36 horas sem. O racionamento de água deverá afetar
cerca de 440 mil moradores das
cidades de Cotia, Embu, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra e Vargem Grande Paulista.
Reunião ontem
No final da tarde de ontem, o
presidente da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do
Estado de São Paulo), Dalmo Nogueira, teve uma reunião com a
área técnica da empresa para avaliar o impacto das últimas chuvas.
A princípio, não será possível
adiar o racionamento de água na
Grande São Paulo, mas somente
hoje pela manhã a empresa terá
uma avaliação completa. Como
no final de semana os funcionários da Sabesp trabalham em esquema de plantão, não havia dados suficientes ontem para que
fosse tomada uma decisão definitiva em relação à medida.
Mesmo sem todas as informações sobre o nível dos reservatórios, a avaliação ontem era que
não será possível adiar o início do
racionamento, a menos que o começo desta semana seja bastante
chuvoso.
No entanto o rodízio pode ser
amenizado, com períodos mais
curtos de falta de água para a população, por exemplo.
Além da chuva dos últimos dias,
a empresa disse ter detectado um
"engajamento" da população no
combate ao desperdício de água,
o que contribuiu para a avaliação
positiva de que o racionamento
possa vir a ser amenizado.
Nível mais baixo da história
Na semana passada, o sistema
Alto Cotia, que abastece a região
onde deve haver racionamento,
operava com apenas 7,6% de sua
capacidade, o volume mais baixo
desde a sua criação, em 1916.
Outro sistema, o Cantareira,
que fornece água a 9 milhões de
moradores da capital e da região
metropolitana, também estava
em uma situação delicada durante a semana passada.
Na quarta-feira, o nível dos reservatórios estava muito baixo
-apenas 8,5% de sua capacidade. Em razão disso, não estava
descartada uma ampliação do rodízio para a população abastecida
pelo Cantareira.
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