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Assalto a passageiro de Cumbica foi filmado
Casal, que voltava de viagem ao Chile, foi abordado por ladrão na frente do prédio onde mora; assaltante fugiu de moto
Imagens são investigadas pela polícia porque existe a suspeita de que o taxista que atendeu o casal tenha feito sinal para o ladrão
DA REPORTAGEM LOCAL
Em um dos assaltos a passageiros que desembarcam em
Cumbica e são investigados pela Polícia Civil, ocorrido na noite de 18 de outubro, um casal
que voltava de um passeio ao
Chile foi surpreendido na Vila
Clementino e o circuito de câmeras de segurança do prédio
onde eles vivem gravou o roubo, que deixou um prejuízo de
ao menos R$ 7.000.
As imagens do roubo agora
estão com os investigadores do
Deic e serão analisadas por peritos do IC (Instituto de Criminalística) porque, de acordo
com os investigadores do 16º
DP, onde o crime foi registrado,
existe a suspeita de que o taxista que atendeu o casal no trajeto entre o aeroporto de Cumbica e a Vila Clementino tenha sinalizado para o ladrão que atacou o casal na porta do prédio.
Os setores da Polícia Civil envolvidos na investigação contra
os ladrões que atacam passageiros também já detectaram
casos em que as vítimas passaram a ser monitoradas pelos
criminosos ainda dentro do estacionamento de carros particulares do aeroporto.
Recordações
O assalto filmado não traz
más recordações a Beatriz (nome fictício). Com a câmera fotográfica repleta de imagens
feitas ao longo dos sete dias de
passeio pelo Chile ao lado do
marido, ela desembarcou em
Cumbica na noite do domingo
18 de outubro e, ansiosa para
reencontrar a filha, de três
anos, pegou um táxi da Guarucoop e seguiu para casa, na Vila
Clementino (zona sul de SP).
Por volta das 19h30, o táxi
chegou ao prédio do casal e, assim que o veículo parou, o motorista desembarcou e se dirigiu ao porta-malas. Enquanto o
casal descia, um homem armado chegou apressado e os assaltou levando uma mala grande
com roupas e objetos pessoais,
o relógio do marido, uma mochila, uma sacola e, o pior de tudo, a câmera digital que estava
no pescoço de Beatriz.
"Fiquei muito preocupada
porque o ladrão levou imagens
minhas e do meu marido e, para
piorar, até da nossa filha. Isso
causa uma sensação ruim até
agora porque ele sabe quem somos e nós não sabemos quem
ele é. Imagina o susto de chegar
em casa depois de sete dias longe da filha e ser recebido por
um ladrão armado", disse Beatriz, que pediu para ter o nome
nesta reportagem por medo de
represálias do ladrão.
Ao analisar as imagens da câmera de segurança do prédio
onde vive, o casal desconfiou de
um gesto do taxista que os atendeu naquela noite e, por isso, a
gravação agora será analisada
pela perícia. Existe a suspeita
de que entre o momento em
que desembarcou do carro e foi
até o porta-malas, o motorista
tenha feito sinal para o ladrão.
"Isso [a hipótese de o taxista
ter feito sinal para o ladrão] é
uma suspeita, não uma afirmação. Caberá à polícia esclarecer
isso", disse Beatriz.
Depois de atacar o casal, o ladrão correu uns 50 metros, subiu na garupa de uma motocicleta e desapareceu. "Como será que ele levou a mala, a mochila, a sacola e as nossas outras
coisas? O relógio do meu marido eu vi ele colocar no pulso
ainda durante o roubo."
(AC)
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