São Paulo, domingo, 13 de dezembro de 2009

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Assalto a passageiro de Cumbica foi filmado

Casal, que voltava de viagem ao Chile, foi abordado por ladrão na frente do prédio onde mora; assaltante fugiu de moto

Imagens são investigadas pela polícia porque existe a suspeita de que o taxista que atendeu o casal tenha feito sinal para o ladrão

DA REPORTAGEM LOCAL

Em um dos assaltos a passageiros que desembarcam em Cumbica e são investigados pela Polícia Civil, ocorrido na noite de 18 de outubro, um casal que voltava de um passeio ao Chile foi surpreendido na Vila Clementino e o circuito de câmeras de segurança do prédio onde eles vivem gravou o roubo, que deixou um prejuízo de ao menos R$ 7.000.
As imagens do roubo agora estão com os investigadores do Deic e serão analisadas por peritos do IC (Instituto de Criminalística) porque, de acordo com os investigadores do 16º DP, onde o crime foi registrado, existe a suspeita de que o taxista que atendeu o casal no trajeto entre o aeroporto de Cumbica e a Vila Clementino tenha sinalizado para o ladrão que atacou o casal na porta do prédio.
Os setores da Polícia Civil envolvidos na investigação contra os ladrões que atacam passageiros também já detectaram casos em que as vítimas passaram a ser monitoradas pelos criminosos ainda dentro do estacionamento de carros particulares do aeroporto.

Recordações
O assalto filmado não traz más recordações a Beatriz (nome fictício). Com a câmera fotográfica repleta de imagens feitas ao longo dos sete dias de passeio pelo Chile ao lado do marido, ela desembarcou em Cumbica na noite do domingo 18 de outubro e, ansiosa para reencontrar a filha, de três anos, pegou um táxi da Guarucoop e seguiu para casa, na Vila Clementino (zona sul de SP).
Por volta das 19h30, o táxi chegou ao prédio do casal e, assim que o veículo parou, o motorista desembarcou e se dirigiu ao porta-malas. Enquanto o casal descia, um homem armado chegou apressado e os assaltou levando uma mala grande com roupas e objetos pessoais, o relógio do marido, uma mochila, uma sacola e, o pior de tudo, a câmera digital que estava no pescoço de Beatriz.
"Fiquei muito preocupada porque o ladrão levou imagens minhas e do meu marido e, para piorar, até da nossa filha. Isso causa uma sensação ruim até agora porque ele sabe quem somos e nós não sabemos quem ele é. Imagina o susto de chegar em casa depois de sete dias longe da filha e ser recebido por um ladrão armado", disse Beatriz, que pediu para ter o nome nesta reportagem por medo de represálias do ladrão.
Ao analisar as imagens da câmera de segurança do prédio onde vive, o casal desconfiou de um gesto do taxista que os atendeu naquela noite e, por isso, a gravação agora será analisada pela perícia. Existe a suspeita de que entre o momento em que desembarcou do carro e foi até o porta-malas, o motorista tenha feito sinal para o ladrão.
"Isso [a hipótese de o taxista ter feito sinal para o ladrão] é uma suspeita, não uma afirmação. Caberá à polícia esclarecer isso", disse Beatriz.
Depois de atacar o casal, o ladrão correu uns 50 metros, subiu na garupa de uma motocicleta e desapareceu. "Como será que ele levou a mala, a mochila, a sacola e as nossas outras coisas? O relógio do meu marido eu vi ele colocar no pulso ainda durante o roubo." (AC)


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