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Laudo não foi feito com chutes, diz engenheiro
DA REPORTAGEM LOCAL
O engenheiro José Manuel
Dias Alves, que assina o laudo sobre o desabamento de
2005 na linha 4, diz que recebeu ordens de seus superiores no Instituto de Criminalística para não comentar o
documento.
"A minha diretoria pediu
para que eu não comentasse
o laudo de 2005 até sair o novo laudo", disse.
A reportagem da Folha expôs ao engenheiro as ressalvas feitas ao laudo por três
especialistas e ele recomendou que eles tomassem medidas judiciais. "Quem acha
o laudo incorreto pode contestá-lo judicialmente. O
laudo não foi feito com chutes. Ele tem base científica",
afirmou o engenheiro.
A Folha questionou o engenheiro se a conclusão do
laudo, de que a chuva e a geologia provocaram o desabamento, não caía como uma
luva para os interesses das
empreiteiras. "Não vou comentar a chuva nem nada."
O outro engenheiro responsável pelo laudo, Antonio de Carvalho Nogueira
Neto, disse que estava de férias e só poderia comentar o
documento na sua volta, no
dia 1º de março.
(MCC E KT)
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