São Paulo, domingo, 14 de fevereiro de 2010

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"Em horário comercial não tem samba", diz passista da Tijuca

DA SUCURSAL DO RIO

Fernanda Costa, 32, é passista antes de ser manicure. São 16 anos na Unidos da Tijuca, com a qual ela desfila hoje, e 12 de salão de beleza. Mesmo assim, às vezes, ela diz não para o samba. "Não posso sambar em horário comercial, não posso deixar meu trabalho para fazer show. É a minha garantia."
A carioca vive no Engenho Novo, zona norte do Rio, e "pega" antes do almoço no salão de um shopping de Copacabana.
O triste é que os dias de mais movimento no salão de beleza são também os mais caros aos salões de baile: sexta e sábado.
"Outro dia, eu saí daqui às 21h, fui para casa, tomei banho e corri para o samba", conta.
O samba, afinal, merece. Foi por causa dele que, há sete anos, ela conheceu o marido, o motoboy Mauro Alves, ritmista da Unidos da Tijuca. As noites sem show para plateia são dedicadas a ele: "Eu vou para a cozinha. Faço arroz, feijão, bife, de tudo um pouco. Ele come o que eu fizer". Ou seja, nada de dieta.
Seus cuidados com o corpo são as idas à academia três vezes por semana. A mensalidade, de R$ 60, dá direito a musculação e spinning. "Academia completa é para madame."
Na lista de sonhos da passista, além de colocar silicone, está o desejo de ser rainha de bateria. "É o que toda passista quer. Mas tenho pé no chão."


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