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"Em horário comercial não tem samba", diz passista da Tijuca
DA SUCURSAL DO RIO
Fernanda Costa, 32, é passista antes de ser manicure. São 16
anos na Unidos da Tijuca, com
a qual ela desfila hoje, e 12 de
salão de beleza. Mesmo assim,
às vezes, ela diz não para o samba. "Não posso sambar em horário comercial, não posso deixar meu trabalho para fazer
show. É a minha garantia."
A carioca vive no Engenho
Novo, zona norte do Rio, e "pega" antes do almoço no salão de
um shopping de Copacabana.
O triste é que os dias de mais
movimento no salão de beleza
são também os mais caros aos
salões de baile: sexta e sábado.
"Outro dia, eu saí daqui às
21h, fui para casa, tomei banho
e corri para o samba", conta.
O samba, afinal, merece. Foi
por causa dele que, há sete
anos, ela conheceu o marido, o
motoboy Mauro Alves, ritmista
da Unidos da Tijuca. As noites
sem show para plateia são dedicadas a ele: "Eu vou para a cozinha. Faço arroz, feijão, bife, de
tudo um pouco. Ele come o que
eu fizer". Ou seja, nada de dieta.
Seus cuidados com o corpo
são as idas à academia três vezes por semana. A mensalidade,
de R$ 60, dá direito a musculação e spinning. "Academia
completa é para madame."
Na lista de sonhos da passista, além de colocar silicone, está o desejo de ser rainha de bateria. "É o que toda passista
quer. Mas tenho pé no chão."
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